O Flamengo enfrenta o Fluminense nesta quarta-feira (30/03), às 21h40, pela partida de ida da final do Campeonato Carioca. Depois de usar o Estadual como uma espécie de “pré-temporada”, agora o jogo é “para valer”. Isso porque, além de ser a decisão, é contra um time da Série A e que vem sendo um adversário indigesto contra o Mais Querido. Ainda assim, a equipe de Paulo Sousa tem tudo para ter uma grande atuação.
Uma questão fundamental para a tática do time será a intensidade. Justamente por ser um período de “pré-temporada”, contra adversários bem inferiores tecnicamente (até mesmo em clássicos), se viu muitas vezes o Flamengo um pouco menos intenso nas partidas. Agora, neste jogo de ida da final, é o momento da equipe jogar com o ritmo mais alto possível, ainda mais depois de ter dez dias sem jogos para se poupar fisicamente.
Dessa forma, a tendência é que o Flamengo atue muito em cima do adversário, marcando pressão e buscando ter o controle do jogo no setor ofensivo. A estrutura tática, por sua vez, deve ser a mesma das outras partidas. Paulo Sousa provavelmente vai botar o Mais Querido em uma espécie de 3-4-2-1 com a bola.
A primeira linha já está bem definida, com Fabrício Bruno pela direita, David Luiz centralizado e Filipe Luís na esquerda. Na ala-direita, sem Rodinei, Matheuzinho será o titular. A dupla de volantes deve ser formada por Arão e João Gomes. Já na ala-esquerda há várias opções. Everton Ribeiro começou a temporada por lá, mas, desde que falou com Paulo Sousa, faz três jogos que não atua na função.
Assim, há três opções principais: Lázaro, Vitinho e Bruno Henrique. O jovem vem muito bem na temporada e agrega muito no quesito de receber aberto, cortar para dentro e dar um passe em profundidade, que quebra as linhas. Vitinho, por ser ambidestro, tem uma imprevisibilidade maior em relação a ir ao fundo ou para o meio. Já BH tem uma presença de área maior, seja para receber um passe rasteiro ou cruzamento pelo alto.
Já no trio ofensivo, há uma grande chance Arrascaeta estar à disposição e iniciar o confronto. Neste setor também há um grande leque de opções para Paulo Sousa. Uma delas, caso opte por Lázaro ou Vitinho na ala-esquerda, seria a de botar Gabigol como referência, tendo Arrasca por trás dele mais à direita e Bruno Henrique à esquerda.
Os três, por sua vez, se movimentam bastante. Em vários momentos, Gabigol recua pela direita, com Bruno Henrique entrando na área e Arrascaeta caindo pela esquerda. Em outros, Gabi continua de referência, mas o uruguaio e BG trocam de lados. O próprio Arrasca sobe para a função de “9” as vezes. Tudo bem sincronizado pelo entrosamento do trio.
Já se botar Bruno Henrique na ala-esquerda, Paulo Sousa tem outras opções interessantes. Em uma delas colocaria Arrascaeta por trás de Gabigol pela esquerda, com Everton Ribeiro por dentro pela direita, sendo dois jogadores bem criativos, com movimentação entre eles e qualidade de passe. Mas, o treinador pode também botar Pedro como centroavante de referência, que faz o pivô, recuando, assim, Gabigol para ficar atrás dele, mais à direita.
Paulo Sousa pode também surpreender e escalar Vitinho ou Marinho neste setor ofensivo, pela direita, com Arrascaeta na esquerda e Gabigol na frente. Assim, a equipe passaria a ter um jogador que, além de dar velocidade, tem a finalização de fora da área. Caso Arrasca não comece a partida por desgaste, um deles poderia entrar na frente com Gabi e Pedro/Everton Ribeiro/Bruno Henrique.
Ou seja, opções de alta qualidade não faltam para o treinador. O mais importante, então, será a postura da equipe. O Flamengo precisa entrar em campo com muita intensidade, marcando em cima, sufocando o adversário, além de aproveitar as chances criadas e não cair na pilha do rival. Caso faça isso, a equipe de Paulo Sousa tem todas as condições para fazer uma grande partida.