Análise Tática Flamengo x Atlético-GO: Dia de retornos

Equipes se enfrentam nesta sexta-feira, às 21h30, no Maracanã, pela 19ª rodada do Campeonato Brasileiro

(Foto: Reprodução/Marcelo Cortes/Flamengo)

Flamengo e Atlético-GO se enfrentam nesta sexta-feira (05/11), às 21h30, no Maracanã, pela partida atrasada da última rodada do primeiro turno do Campeonato Brasileiro. O Mais Querido não vive bom momento. Com apenas uma vitória nos últimos seis jogos, o time vem de um empate decepcionante contra o Athletico e as chances de título estão bem baixas. Ainda assim, vencer hoje é fundamental para melhorar o clima e retomar a boa fase, já que a final da Libertadores é em 22 dias.

Para a partida, Renato Gaúcho conta com a volta de alguns jogadores importantes. David Luiz, que atuou por apenas 68 minutos pelo Mais Querido e ficou mais de 1 mês fora por lesão, finalmente vai retornar. Rodrigo Caio também vai a campo e, com isso, o treinador terá à disposição a dupla de zaga titular. Já Bruno Henrique cumpriu a suspensão contra o Athletico e inicia o confronto. Entretanto, o técnico continua sem alguns atletas de peso, como Filipe Luís, Diego, Pedro e, principalmente, Arrascaeta.

Com o time titular completo, a formação costuma ser o 4-2-3-1. Mas, sem Arrascaeta, a tendência é que o time atur em um 4-4-2 (4-2-2-2), com Michael entre os onze iniciais. Dessa forma, a primeira linha seria formada por Isla, Rodrigo Caio, David Luiz e Ramon, com Willian Arão de primeiro volante e Andreas Pereira de segundo. Everton Ribeiro atuaria pela direita e Michael na ala-esquerda, tendo a dupla de ataque formada por Bruno Henrique, mais à esquerda, e Gabigol, na direita.

Com esse esquema, além de ter dois zagueiros bem técnicos, Arão ainda pode recuar entre eles para auxiliar na saída de bola, dando liberdade para os laterais. Isla é o que mais avança, muitas vezes como um ala pela direita. Isso porque, Everton Ribeiro tem a tendência de cortar para dentro, abrindo espaço no corredor para o chileno infiltrar. Já na esquerda, Ramon não tem o mesmo buraco, pois Michael atua aberto, com a tendência de cair pela ponta, alternando muitas vezes com Bruno Henrique.

Andreas Pereira, por sua vez, tem uma função primordial. Como segundo volante, o belga-brasileiro é o responsável por fazer a transição da defesa para o ataque, conduzindo a bola e acertando os passes que aceleram o jogo, dando dinâmica, sendo o “motor” do time e ainda aparecendo de elemento surpresa. Já Gabigol, além de fazer os gols, se movimenta muito, abrindo pela esquerda e criando espaço na área para Bruno Henrique infiltrar e marcar.

Como opção, Renato Gaúcho ainda pode botar Vitinho de meia-armador, retornando para o 4-2-3-1. Assim, o treinador precisa tirar Michael ou até Everton Ribeiro. Caso tire o ER7, Michael teria que fazer a ala-direita. Outra alternativa, mas que não deu certo nas vezes que fez, seria a de colocar Thiago Maia na equipe, adiantando Andreas Pereira. Caso faça isso, o ideal seria mudar o esquema para o 4-3-3, já que o belga-brasileiro não vai bem atuando próximo da área e Maia, primeiro volante de origem, não dá a mesma dinâmica ofensiva.

Então, opções e qualidade não faltam para o Flamengo. Para vencer, a equipe precisa entrar focada, com intensidade, trocando passes rápidos e marcando pressão. A movimentação dos jogadores de frente será fundamental. Andreas Pereira também será um fator chave. Importante o volante estar bem para dar a dinâmica à equipe. Finalizações de fora da área podem ser o diferencial. Caso faça isso, o Mais Querido tem tudo para sair com a vitória.