O Flamengo empatou com o Talleres em 2 a 2, nesta quarta-feira (04/05), pela quarta rodada da fase de grupos da Libertadores. O Mais Querido atuou fora de casa, no Estádio Mario Kempes, em Córdoba, na Argentina, e esteve atrás duas vezes no placar, conseguindo buscar o ponto e permanecendo invicto na competição. Ainda assim, foi longe de ser um bom jogo da equipe de Paulo Sousa. Time mostrou problemas tanto na defesa, como no ataque.
Para a partida, o Flamengo teve oito desfalques, sendo quatro zagueiros: Rodrigo Caio, Fabrício Bruno, Léo Pereira e Gustavo Henrique, além de Matheuzinho, Matheus França, Vitinho e Marinho. Ainda assim, Paulo Sousa manteve a estrutura em um 3-4-2-1 com a bola e colocou um time que, para muitos, é o ideal. Na primeira linha, uma aguardada novidade: Pablo atuou pela direita, junto com David Luiz, central, e Filipe Luís na esquerda.
Na segunda linha, Isla ficou como o ala pela direita, com Arão de volta à função de volante, ao lado de João Gomes. Já aberto na esquerda ficou Bruno Henrique, com o trio ofensivo formado por Gabigol de referência, Everton Ribeiro por trás pela direita e Arrascaeta à esquerda. Sem a bola, marcava em um 4-4-2, com Isla indo para a primeira linha e ER fechando na segunda pela direita.
Entretanto, durou apenas 12 minutos. Isso porque, Pablo sentiu a perna e pediu para sair. No lugar dele, Paulo Sousa colocou Andreas Pereira. Dessa forma, Willian Arão retornou para a primeira linha pela direita, enquanto Andreas formou dupla de volante com João Gomes, atuando na esquerda. A saída do defensor foi, justamente, logo depois do Talleres chegar com perigo, após jogada pela esquerda, que resultou em cruzamento. Isla não marcou ninguém e o adversário cabeceou livre, para fora.
O Mais Querido até tinha começado o jogo com perigo, controlando e criando pela esquerda, com Bruno Henrique. Mas, nos primeiros minutos pós-substituição, time sentiu e o Talleres chegou com perigo mais algumas vezes, sempre em bolas longas, que geravam em cruzamentos na área. O time argentino também marcava no campo de ataque, dificultando a saída de bola rubro-negra.
A partir dos 20, o Flamengo conseguiu sair da pressão do Talleres, sem mais sofrer na defesa, só que também sem criar no ataque. O confronto ficou morno por um tempo, até que, aos 33, o time argentino abriu o placar. A jogada foi na característica da equipe. Lançamento do campo de defesa para o ataque, dessa vez pelo lado esquerdo, para o atacante Santos. O jogador avançou e cruzou rasteiro para área, onde não tinha ninguém. Lance parecia tranquilo, bola estava nas mãos do goleiro rubro-negro, mas Arão deu carrinho para cortar e marcou contra.
O Flamengo não conseguia criar tantas chances, só quando roubava uma bola e tentava jogada de velocidade. Em uma dessas, logo após o gol, Arrascaeta deu bela enfiada para Bruno Henrique, que chegaria de frente para o goleiro com Gabigol ao lado, mas o zagueiro conseguiu se recuperar e ganhou na corrida de BH. O Mais Querido chegou a empatar com o atacante, que aproveitou rebote de cabeçada de Gabi, após cruzamento de Everton Ribeiro, mas o lance foi anulado por impedimento do camisa 9.
Segundo tempo
O Mais Querido voltou com a mesma equipe para a segunda etapa. O rubro-negro até voltou melhor e, aos 4, abriu o placar. Com posse e paciência, o time rodou a bola no campo de ataque, saiu da esquerda até chegar na ala-direita, com Isla. O chileno dominou a bola e passou para Arrascaeta, na meia-lua, que dominou e acertou um chute incrível e empatou.
Entretanto, aos 11, o Talleres passou à frente novamente. Godoy recuperou a bola no campo de ataque e avançou com liberdade, sem ninguém apertar na marcação, e cruzou na segunda trave para Santos. O atacante foi por trás de Isla e, em posição duvidosa, cabeceou com liberdade para o fundo das redes. Após o gol, o Flamengo ficou mal no jogo, sem conseguir criar.
Então, aos 22, Paulo Sousa fez duas mudanças. Colocou Pedro e Lázaro nas vagas de João Gomes e Everton Ribeiro – que estava mal na partida. Dessa forma, o time passou a jogar em uma espécie de 4-3-3. Isla recuou para a primeira linha, com Filipe Luís de lateral-esquerdo. Na segunda, Andreas ficou centralizado, de primeiro volante, com Lázaro aberto pela direita e Bruno Henrique na esquerda. Na frente, Pedro ficou como referência, com Gabigol por trás pela direita e Arrascaeta à esquerda.
O efeito foi imediato. No minuto seguinte, Gabigol recebeu a bola mais recuado, por dentro, pela direita. O camisa 9 dominou e deu belo passe rasteiro em profundidade para Pedro, que estava de referência, na meia-lua. O centroavante dominou já arrumando para a direita, entrou na área e tocou de cavadinha por cima do goleiro.
Com a nova equipe em campo, o Flamengo estava conseguindo pressionar mais e controlar o jogo. Aos 33, mais duas mudanças. Filipe Luís sentiu dores na perna e saiu, para entrada de Rodinei na lateral-esquerda. Já Bruno Henrique saiu para entrada Victor Hugo. O jovem atuou pela direita e, com isso, Lázaro alterou de lado e passou a atuar aberto na esquerda. O Mais Querido até teve mais energia, só que não criou mais chances e terminou 2 a 2.
A partida do Flamengo, então, não foi boa, principalmente o primeiro tempo. Time mostrou falhas defensivas e muito pouco repertório ofensivo, sem conseguir explorar as fragilidades do adversário. Time, por exemplo, não soube explorar a marcação individual das bolas paradas do Talleres. Além disso, mais uma vez a equipe teve problemas físicos, com a lesão de Pablo. A boa notícia foi que melhorou após as mudanças e a dupla Pedro e Gabigol conseguiu render junta.