O Flamengo empatou com o Ceará neste sábado (14/05), no Castelão, pela 6ª rodada do Campeonato Brasileiro. O Mais Querido chegou a ficar na frente duas vezes no placar e foi para a segunda etapa vencendo. Entretanto, a equipe recuou completamente no segundo tempo, jogando todo retrancado, sem nem tentar o ataque. O time acabou punido por tal postura e sofreu o empate em 2 a 2.
Para a partida, o Flamengo teve oito desfalques: Santos, Diego Alves, Fabrício Bruno, Gustavo Henrique, Filipe Luís, Matheus França, Thiago Maia e Vitinho. Com isso, Paulo Sousa repetiu a estratégia do confronto contra o Altos. Saiu do 3-4-2-1 e começou o confronto no esquema de 4-2-3-1. Dessa forma, ao invés de três jogadores na saída, com dois alas, a equipe passou a jogar com dois zagueiros e dois laterais.
Assim, a dupla de zaga ficou com Pablo pela direita e David Luiz na esquerda. Já os laterais foram Isla e Ayrton Lucas. No meio de campo, Willian Arão retornou à função de primeiro volante (não mais zagueiro), enquanto João Gomes ficou de segundo. Everton Ribeiro jogou na meia-direita, com Arrascaeta centralizado e Bruno Henrique na esquerda. Já Gabigol ficou de referência, mas sempre se movimentando bastante.
O time começou muito bem a partida. Jogando com intensidade, o Flamengo ficou em cima do Ceará e marcava pressão assim que perdia a bola. Arrascaeta, de meia-armador, tinha liberdade para flutuar no campo, caindo bastante pela esquerda e pisando na área. Já Bruno Henrique e Everton Ribeiro constantemente centralizavam, deixando o corredor livre para os laterais avançarem.
Logo aos x, o Mais Querido abriu o placar, em uma arma importantíssima na partida: a bola parada. Após jogada pela esquerda, a zaga do Ceará afastou para escanteio. Na batida, Arrascaeta cobrou escanteio na primeira trave, Arão fez o facão da direita para esquerda e cabeceou no chão, abrindo o placar. O jogo parecia tranquilo para o Flamengo, que conseguia reter bem a posse.
Entretanto, o Ceará conseguiu empatar em um lance de bobeira da defesa do Flamengo. Com as linhas altas, a equipe parou com falta no meio de campo o avanço do adversário. Entretanto, nenhum jogador ficou na frente da cobrança para o time se posicionar. Então, Lima bateu rápido, dando um lançamento para Mendoza, na esquerda. O jogador, de muita velocidade, recebeu a bola que queria a partida inteira, entrou na área e marcou.
Mendoza, inclusive, era a principal arma do adversário. Após o gol, o jogador inverteu para a direita, com o intuito de explorar as costas de Ayrton Lucas e Bruno Henrique. O setor era o de mais força ofensiva do Flamengo, mas, ao mesmo tempo, o de maior fragilidade defensiva. Com muitas faltas, o jogo não fluía tanto. Entretanto, a bola parada fez a diferença de novo. Em lance muito parecido com o primeiro gol, Arrascaeta cobrou falta na primeira trave e Arão desempatou.
Segundo tempo
Paulo Sousa fez uma mudança para o segundo tempo. Tirou Ayrton Lucas, que estava sofrendo na defesa, e colocou Matheuzinho pela lateral-esquerda. O time começou até bem, retendo a posse de bola. Aos 4 minutos, em mais uma jogada de bola parada, Arrascaeta cruzou e Pablo acertou no travessão. O jogo parecia bem tranquilo e dominado pelo Flamengo.
Entretanto, aos 15 minutos, enquanto Paulo Sousa botou Rodrigo Caio na vaga de David Luiz e o lateral-esquerdo Marcos Paulo na de Isla (alterando Matheuzinho para a direita), Dorival Júnior fez três alterações, que mudaram a cara do jogo. Após isso, o Ceará passou a jogar em cima, pressionando o Flamengo, enquanto o Mais Querido recuou as linhas, jogando fechado, tentando segurar o resultado.
Com o Flamengo todo acuado, o Ceará foi crescendo cada vez mais no jogo, enquanto o Mais Querido não conseguia nem contra-atacar. Para tentar reagir, Paulo Sousa colocou Lázaro na vaga de Bruno Henrique. Apenas dois minutos depois, o treinador usou a última parada de substituição para botar Andreas Pereira no lugar de Everton Ribeiro – ao invés de usar as duas mexidas ao mesmo tempo.
O Ceará continuou pressionando e quase balançou as redes algumas vezes. Em uma, Hugo Souza fez boa defesa e Matheuzinho ainda tirou em cima da linha. Já o Flamengo conseguiu contra-atacar apenas uma vez. Lázaro recebeu lançamento na esquerda, entrou na área e tentou o drible. A bola sobrou para Gabigol, que chegou antes do zagueiro e foi derrubado. O árbitro, entretanto, não marcou o claro pênalti e nem o VAR chamou.
Esse, porém, foi o único momento que o Flamengo conseguiu sair da defesa. O Ceará, por sua vez, continuou pressionando. Então, aos 44, o Mais Querido foi punido pela covardia. Em lance de bola parada, Nino Paraíba cobrou falta direto no gol, Hugo achou que seria cruzamento, acabou falhando e o adversário empatou.
O jogo, então, foi de duas etapas completamente diferentes. O Flamengo conseguiu fazer um bom primeiro tempo, mas jogou de uma forma que o time e a torcida não estão acostumados em quase toda a segunda etapa. Equipe ficou todo fechado, tentando apenas garantir o resultado.