Flamengo venceu o clássico contra o Vasco por 2 a 1, neste domingo (06/03), no Estádio Nilton Santos, pela 10ª rodada da Taça Guanabara. O Mais Querido não teve a melhor atuação. Time até começou bem, com ótima marcação pressão, mas não criou tanto como em outras partidas. Entretanto, além da vitória, confronto foi bom para Paulo Sousa fazer alguns testes interessantes, principalmente nas substituições, e continuar avaliando qual a equipe ideal.
Paulo Sousa, como de costume, iniciou a partida com uma escalação diferente, sendo a nona em nove jogos com o português no comando da equipe. A estrutura tática, entretanto, se manteve. Com a bola, o time atuou em uma espécie de 3-4-2-1. A primeira linha foi formada por Fabrício Bruno pela direita, David Luiz central e Filipe Luís na esquerda.
Na frente deles, Matheuzinho ganhou a oportunidade como ala-direito, enquanto Everton Ribeiro ficou aberto do outro lado. Já a dupla de volantes foi formada por Willian Arão e Andreas Pereira. O trio ofensivo teve Gabigol como referência, enquanto, por dentro, Arrascaeta jogou mais à direita, enquanto Bruno Henrique ficou mais à esquerda.
O time começou muito bem. A equipe estava compacta, intensa, com as linhas altas e marcando pressão o Vasco, sem deixar o adversário tocar na bola. O Flamengo foi premiado e abriu o placar aos 10, com Filipe Luís, após lance de escanteio. Mesmo com o gol, o Mais Querido manteve a postura, rodando a bola sempre no setor ofensivo.
Entretanto, mesmo tendo a posse na frente, o Mais Querido não conseguiu criar chances de perigo. A partir dos 30, o ritmo diminuiu. O Vasco começou a atacar um pouco mais e não marcou graças à grande defesa de Hugo Souza, mas, tirando esse lance, não assustou tanto e o jogo foi para o intervalo com 1 a 0 para o Flamengo.
Segundo tempo
O Flamengo voltou com a mesma equipe para a segunda etapa e jogando com as linhas altas. Entretanto, um erro individual acabou resultando em gol do Vasco. Andreas Pereira recebeu a bola no meio de campo, em frente à última linha, não arrumou direito e acabou perdendo a posse para Gabriel Pec. O ponta adversário aproveitou a defesa aberta, avançou em velocidade e chutou com muita categoria, no ângulo, empatando o jogo.
Com o Mais Querido sem conseguir criar chances, Paulo Sousa fez algumas mudanças. Aos 10, tirou Andreas Pereira e Everton Ribeiro, que não estavam bem, para colocar João Gomes e Vitinho, nas respectivas vagas. O time melhorou imediatamente. No minuto seguinte, o camisa 11 recebeu aberto na esquerda, foi para cima da marcação e rolou de costas para infiltração de Filipe Luís, que bateu cruzado e parou em defesa do goleiro.
Apesar da melhora, o Flamengo continuava com dificuldades. Então, Paulo Sousa tirou Matheuzinho, que não teve uma boa atuação, e Willian Arão, para botar Rodinei e Pedro. O lateral entrou na mesma posição do que saiu, pela ala-direita, e foi bem mais participativo. Já a outra mexida pode parecer estranha, com a entrada de um centroavante no lugar de um volante, mas o time manteve a mesma estrutura tática. Para isso, Pedro ficou como referência, Gabigol recuou um pouco e Arrascaeta desceu para atuar ao lado de João Gomes.
A equipe passou a ter muito a bola no setor ofensivo, com o Vasco todo atrás. Mas, muitas vezes o time apelava bastante para os cruzamentos na área, com os atletas todos nela, esquecendo de construir o jogo. Aos 30, Paulo Sousa fez a última mudança, com a entrada de Marinho no lugar de Fabrício Bruno. O esquema permaneceu o mesmo. O atacante entrou pela ala-direita, enquanto Rodinei recuou para a primeira linha, pela direita, onde estava o zagueiro.
O gol da vitória saiu aos 44, com Arrascaeta, justamente quando a equipe parou de jogar bola na área. O Flamengo teve a posse na direita, rodou ela, voltou para Hugo, que deu para Filipe Luís na esquerda. O jogador passou para Arrasca no círculo central – que estava mais recuado devido à entrada de Pedro. O uruguaio abriu o jogo em Vitinho, na ala-esquerda, que puxou a marcação e devolveu no meia, na intermediária. O camisa 14, então, acertou um lindo chute.
Não foi a melhor atuação do Flamengo. Time não criou tanto como em outros jogos. Entretanto, partida foi importante para Paulo Sousa fazer testes e ir avaliando qual a escalação ideal, além de pensar em alternativas. Mudanças que fez na segunda etapa foram bem interessantes e a intensidade e marcação pressão inicial foram boas. Ainda há o que evoluir, mas já dá para ver a cara da equipe.