Análise Tática Flamengo 0 x 2 Atlético-GO: Última do ano

Com equipe alternativa, Mais Querido perdeu para o Dragão pela 38ª rodada do Campeonato Brasileiro

(Foto: Reprodução/Gilvan Souza/Flamengo)

O Flamengo perdeu para o Atlético-GO, nesta quinta-feira (09/12), no Estádio Antônio Accioly, pela 38ª rodada do Campeonato Brasileiro. Na última partida do ano, o Mais Querido entrou em campo com uma equipe totalmente alternativa, formada majoritariamente por jovens da base e sem nenhum jogador do time considerado titular. Mauricio Souza promoveu uma mudança tática, mas, com pouco entrosamento, o time não teve boa atuação e saiu derrotado por 2 a 0.

Sem pretensões no Campeonato Brasileiro, já que estava com o segundo lugar assegurado, o time principal entrou de férias e nem foi para partida. Os únicos jogadores não revelados na base que estavam entre os relacionados e iniciaram o confronto foram: Bruno Viana, Léo Pereira, Renê e Piris da Motta. Pratas da casa, mas que já são do elenco profissional, também estavam Hugo Souza, João Gomes e Vitor Gabriel. Assim, o Flamengo entrou em campo com: Hugo; Wesley; Noga, Bruno Viana e Léo Pereira; Renê; Piris da Motta e João Gomes; Lázaro; André Luiz e Vitor Gabriel.

A formação variava entre um 3-5-2 e 5-4-1. Isso dependia da movimentação de alguns jogadores. Com a bola, o trio de zaga fazia a saída e davam liberdade para os laterais avançarem, mas nem sempre eles iam tanto para frente. Já sem, os dois recuavam e ficavam na mesma linha da defesa. Piris da Motta, por sua vez, era o primeiro homem do meio de campo, sendo o responsável pela proteção da zaga e aparecendo de opção na saída de bola. João Gomes tinha a função de dar dinâmica à equipe. Lázaro variava entre ficar de meia-armador, centralizado, e abrir pela esquerda, enquanto André Luiz jogou ou na ponta-direita, ou de segundo atacante, ao lado do centroavante Vitor Gabriel.

Entretanto, o time não teve bom desempenho. Sem entrosamento, os atletas praticamente não criaram chances na primeira etapa. Lázaro não apareceu e, quando a equipe chegava próxima da área, pecava no passe ou na finalização. O próprio Atlético-GO, que também não estava tão bem, foi mais perigoso. O dragão assustou em três oportunidades: em dois chutes da entrada da área, um que parou em bela defesa de Hugo Souza e outro foi para fora, além de uma jogada pela direita, em que o atleta finalizou, a bola desviou em Léo Pereira, enganou o goleiro e explodiu no travessão. No rebote, Rickson se esticou e quase alcançou, botando para dentro.

No intervalo, Mauricio Souza não fez substituição, mas botou o time definitivamente no 3-5-2, dando mais liberdade para os laterais. O Flamengo melhorou e, aos 4 minutos, quase abriu o placar. Renê avançou pela esquerda e cruzou rasteiro para Lázaro, centralizado, dentro da área. O meia chutou de primeira, rasteiro, parando em grande defesa de Fernando Miguel. No rebote, Vitor Gabriel ainda bateu no susto, no canto, só que, antes de entrar, o goleiro se recuperou e tirou na linha. O rubro-negro carioca estava mais no campo de ataque, só que, veio o primeiro susto. Aos 22, na primeira chegada do Atlético-GO, Marlon recebeu cruzamento rasteiro para trás, bateu e Noga deu carrinho na bola. Após bater no pé do zagueiro, a bola resvalou no braço e o juiz deu pênalti. Entretanto, cinco minutos depois, após checagem no VAR, o árbitro anulou.

Ainda assim, o lance deu uma mudada na cara do jogo. O Atlético-GO evoluiu na partida, enquanto o Flamengo sentiu e parou de criar. Mauricinho até tentou mudar. Primeiro, colocou Thiaguinho na ponta-direita, na vaga de André Luiz, ficando em um 3-6-1. Depois, trocou Lázaro por Matheus França. Mas, não fez efeito. Aos 36, Marlon Freitas cruzou da intermediária na cabeça de Lucão, que pulou mais alto que a zaga e cabeceou no canto, sem chances para Hugo Souza, abrindo o placar. O treinador, então, tirou Bruno Viana e Vitor Gabriel, colocando Werton, na ponta esquerda, e Ryan Luka, de centroavante, indo para o 4-2-3-1, com França de meia-armador e dois jogadores abertos.

A equipe foi para uma tentativa de pressão, mas, aos 47, sofreu o último gol. Após tabela pela direita, Marlon Freitas foi ao fundo e cruzou rasteiro para trás, nos pés de Toró, livre, quase na marca do pênalti. O atacante chutou no canto e ampliou. O rubro-negro carioca ainda tentou fazer o de honra e deu duas finalizações, uma com Wesley e outra com Werton, só que os jovens pararam em Fernando Miguel e a última partida do ano terminou com derrota do Mais Querido por 2 a 0.