A Copa do Mundo está chegando. O Brasil estreia em menos de uma semana, no dia 24 de novembro, contra a Sérvia. A adversária pode não ter tanta tradição, mas é uma equipe bem sólida e não será um confronto fácil. Como muitos não conhecem a forma que os sérvios jogam, o DIÁRIO DO FLA fez uma análise.
No qualificatório para Copa, a Sérvia passou em primeiro no grupo que tinha Portugal. Já nas Ligas das Nações, disputou as divisões inferiores, mas com bom aproveitamento. O técnico Dragan Stojkovic conseguiu organizar bem a equipe, montando uma seleção bem sólida defensivamente e que conta com alguns bons nomes.
A defesa é um dos fortes da equipe. A Sérvia joga com um esquema de 3 zagueiros, normalmente em uma espécie de 3-4-1-2. O goleiro que deve ser titular é o Milinkovic-Savic, do Torino-ITA. Já o trio de zaga será Milenkovic, da Fiorentina-ITA, Veljikovic, do Werder Bremen-ALE, e Pavlovic, do Red Bull Salzburg-AUS.
Os três são jogadores muito altos e fortes fisicamente. O jogo físico, inclusive, é a marca dessa equipe, tanto na defesa, como no ataque. A tendência é que a seleção atue bem fechada, com força defensiva, buscando sempre os contra-ataques com bolas longas para o centroavante e destaque do time, Aleksander Mitrovic, do Fulham-ING.
O atacante é um pivô clássico. Consegue dominar e girar em cima da marcação, recebendo qualquer passe, desde lançamentos que vem do goleiro. Deve distribuir bastante o passe para as alas. Na direita, Lazovic, do Hellas Verona-ITa, e Zivkovic, do PAOK-BEL, disputam a vaga. Já na esquerda, Kostic é um dos destaques do time.
Jogador da Juventus, Kostic é um lateral/ala clássico. Avança com muita potencia pela esquerda e tem ótima batida na bola para fazer os cruzamentos, tanto indo ao fundo, como de média distância. O Brasil precisa tomar muito cuidado com ele, pois os passes vão ser sempre mirando Mitrovic, que tem o cabeceio como principal arma.
A dupla de volantes deve ser Sasa Lukic, do Torino-ITA, ou Gudelj, do Sevilla-ESP, como primeiro e Milinkovic-Savic, da Lazio, de segundo. Já o meia-atacante, Dusan Tadic, do Ajax, é um atleta bem criativo, especialista em passes. Tem 3 gols e 9 assistências em 14 jogos da atual temporada do Campeonato Holandês, enquanto na anterior foram 13 gols e 19 assistências em 34 partidas.
Tadic, então, é um “camisa 10” de ótimo nível, que o Brasil precisa ficar de olho. Já a dupla de centroavantes é outro fator muito perigoso. Além do Mitrovic, que vai dar bastante trabalho na bola aérea, Vlahovic, da Juventus, é um jogador mais de explosão física, para fazer arrancada, romper linhas e receber os passes que o pivô fará.
Ou seja, a Seleção Brasileira precisa tomar muito cuidado com as bolas aéreas, a dupla de ataque da Sérvia e as jogadas pelos corredores, principalmente o esquerdo. Já no caso da defesa, terá que passar por uma equipe muito sólida e física. Por isso, um jogador do Flamengo pode fazer a diferença para o Brasil: Pedro.
O centroavante é o único da Seleção Brasileira com característica mais física. Além de poder ser uma ameaça pelo alto, Pedro tem a capacidade de fazer o pivô em cima do trio de zagueiros da Sérvia, podendo “prendê-los” e dar o passe para a infiltração dos outros atletas da Seleção em velocidade na área. Não será surpresa se Tite o escalá-lo, ou dar muitos minutos ao camisa 21 rubro-negro.