O Flamengo está em contagem regressiva para o duelo contra o Palmeiras, pela grande decisão da Libertadores. Faltam 11 dias para a final e o Mais Querido parece ter espantado a má fase, vindo de duas ótimas vitórias, a última de goleada em cima do São Paulo. Agora, Renato Gaúcho tem três jogos do Brasileirão para fazer os últimos ajustes e definir o time titular. Mas, uma coisa é certa. Se não se lesionar até o dia 27, Andreas Pereira vai começar o confronto. Na segunda análise da série de matérias do DIÁRIO DO FLA para o jogo do ano, vamos falar sobre a importância do belga-brasileiro para a equipe.
Andreas Pereira chegou no Flamengo em agosto e estreou na partida contra o Santos no mesmo mês, marcando um gol. Meia-armador de origem, o jogador sempre deixou claro que prefere jogar como volante. O belga-brasileiro chegou a atuar adiantado em algumas oportunidades, principalmente com a ausência de Arrascaeta, mas ficou claro que, de fato, ele é um 2º volante. E que 2º volante. O camisa 18 tem a difícil missão de substituir Gerson, ídolo do clube, e está fazendo com brilhantismo. Quando atua na função de segundo homem do meio, o atleta se torna peça imprescindível do time, sendo fundamental para a dinâmica do Mais Querido.
O motivo de Andreas atuar muito melhor de 2º volante do que de meia-armador e que o fez cair “como uma luva” no time do Flamengo é que o atleta gosta de ler o jogo de frente. Assim, ele rende bem buscando a bola no meio de campo, para fazer a transição da defesa para o ataque. O jogador tem velocidade, gosta de conduzir a bola e passa muito bem. Dessa forma, ele vira o “motor” da equipe. O camisa 18 é o responsável por conduzir o ritmo do jogo, se apresentando como opção para receber a posse, girando a bola com ótimas inversões e acelerando a jogada, normalmente com passes rápidos ou enfiadas para alguns dos pontas.
O jogador também tem a característica de aparecer como um elemento surpresa. Vindo de trás, Andreas gosta bastante de pisar na área para receber o passe e finalizar. O chute, inclusive, é uma arma do jogador que pode fazer a diferença na final. Enfrentando uma equipe com defesa tão sólida como a do Palmeiras, as vezes vai ser difícil criar jogadas. Com isso, a finalização de longa distância se torna uma alternativa importante e o belga-brasileiro pega muito bem na bola, como já provou em diversas oportunidades. Além disso, em uma decisão, é normal que a partida fique dura e passe a ter várias faltas. Ter um cobrador do nível do camisa 18 do Flamengo, que bate de longe e de perto, também pode definir a partida.
Um outro ponto de atenção para Andreas é a defesa. O 2º volante tem a função de fazer a transição da defesa para o ataque, mas precisa também cobrir os buracos no sistema defensivo quando o adversário estiver com a bola. A tendência é que o Palmeiras seja um time que se defenda e busque o contra-ataque a todo momento. Então, o belga-brasileiro precisa estar atento para marcar pressão assim que o Flamengo perder a posse e de fazer a transição defensiva sem deixar espaços pelo meio para o adversário atacar, até porque, a equipe paulista tem jogadores que exploram muito bem o setor, como Raphael Veiga, Scarpa e até o próprio Dudu. Vale destacar que Andreas evoluiu bastante no quesito.
Então, caso esteja saudável, Andreas Pereira será um jogador fundamental para a grande decisão. Quando o atleta está bem, atento e intenso, o Flamengo costuma render em alto nível, pois ele é o grande motor do time. O belga-brasileiro é o responsável por dar a dinâmica à equipe, fazendo a transição da defesa para o ataque, além de ter um papel importante na marcação. Seus passes longos e viradas de jogo elevam o nível do Mais Querido. Além disso, as finalizações de longa e média distância, seja com a bola rolando ou em cobranças de falta, podem fazer a diferença na final.