O diretor de Relações Governamentais do Flamengo, Aleksander Silvino dos Santos, está sendo investigado pela Polícia Federal suspeito de ter recebido e intermediado o pagamento de propina através de contratos fictícios envolvendo uma empresa dele e a Galvão Engenharia, segundo apurou o portal “G1”. Ele é suspeito de corrupção e lavagem de dinheiro. Essas acusações são de antes do diretor assumir o cargo no Mengão.
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Na última quinta-feira, a residência do diretor do clube, em Niterói, foi alvo de busca e apreensão da Polícia Federal na Operação Laissez Faire, Laissez Passer. Aleksander é apontado como operador financeiro pelo ex-executivo da empreiteira Erton Medeiros Fonseca, que fechou acordo de delação premiada na Operação Lava Jato, em 2017.
Na delação, o diretor é acusado de operacionar pagamentos da Galvão Engenharia, com a emissão de notas falsas para “esconder” a origem ilícita dos recursos, entre dezembro de 2011 e março de 2014 para o diretor de abastecimento da Petrobras, José Carlos Consenza. O delator, Erton Medeiros Fonseca, também revela pagamentos de R$100 mil para diretor da estatal e ao então deputado federal José Luiz Otávio Germano (PP), entre 2013 e 1015.
De acordo com a investigação, o primeiro repasse foi feito por um subordinado do colaborador a Aleksander, na garagem do estacionamento do prédio do prédio do Jockey Club do Rio de Janeiro. Além desses valores, Erton também contou sobre o repasse parcelado de R$ 411.242,55, para a empresa do diretor do Flamengo, com o intuito de cobrir os custos do diretor rubro-negro e despesas pessoais de José Carlos Consenza.
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O “G1” ainda relatou que a investigação da Polícia Federal teve acesso a dois contratos entre a empresa de Aleksander Silvino dos Santos e a Galvão Engenharia. O primeiro é de setembro de 2013, onde o objetivo era a prestação de serviços de consultoria empresarial e relações institucionais, durante cinco meses com custo de R$125 mil. O segundo era de 2014 e com o mesmo objetivo do anterior, porém no valor de R$ 25 mil.
Foram encontradas mensagens no celular do delator entre ele e o diretor do Flamengo. Erton Medeiros Fonseca também apresentou 18 notas fiscais de pagamentos da empresa de Aleksander Santos para a empreiteira, entre dezembro de 2011 e agosto de 2014. Os valores ultrapassam R$400 mil. Duas dessas notas foram canceladas. Além disso, foram apresentados 10 comprovantes de depósitos da empreiteira na conta do diretor do clube, entre dezembro de 2011 e março de 2013, totalizando R$ 247 mil.
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“O relacionamento entre a Galvão Engenharia e Aleksander Silvino dos Santos encontra-se materializado pelos contratos de consultoria ideologicamente falsos e pelas respectivas notas fiscais. Há ainda troca de e-mails entre funcionários de Aleksander e Erton [delator] a respeito da emissão das notas fiscais. Ao todo, segundo as notas fiscais apresentadas, teria ocorrido repasse pela Galvão Engenharia à empresa Aleksander Silvino dos Santos ME, entre dezembro de 2011 e agosto de 2014, de R$ 398.191,30”, disse a PF.