O contrato entre a Globo e a Libra para a aquisição dos direitos do Brasileirão estabelece uma limitação no valor a ser pago para outros clubes, incluindo tanto um grupo de times como a Liga Forte União (LFU) e o Corinthians.
A Libra, composta por Palmeiras, Flamengo, São Paulo, Santos, Atlético-MG, Bahia, Vitória, Grêmio e Red Bull Bragantino, fechou um acordo de R$ 1,3 bilhão pela venda dos direitos de TV Aberta e Fechada, além de adicionais de pay-per-view estimados em R$ 450 milhões.
Segundo informações de fontes envolvidas na negociação, a Globo só pode oferecer à LFU um percentual do contrato da Libra, que seria em torno de 35%, totalizando aproximadamente R$ 600 milhões. No entanto, o CEO da Libra, Silvio Mattos, informou em reunião no Conselho Deliberativo do Flamengo que a Globo só poderia fazer uma oferta de até R$ 700 milhões para a LFU, o máximo que poderia ser destinado aos times, mas essa oferta não foi efetivada pela emissora.
A LFU, composta por 11 clubes da Série A, incluindo Internacional, Fluminense, Athletico, Fortaleza, Cruzeiro, Botafogo e Vasco, fez uma oferta à Globo em dezembro no valor de R$ 1,4 a R$ 1,5 bilhão, porém, não obteve resposta. O grupo planeja tentar uma venda fatiada de direitos de TV.
Além disso, há uma regra no contrato da Libra que impede a Globo de pagar a um clube individualmente um valor superior ao destinado aos times da Libra. Assim, se o Corinthians quiser seus jogos na Globo, só será possível com a mesma proposta da Libra.
Se o Corinthians ficar fora da Libra, o valor do contrato de R$ 1,3 bilhão sofrerá um desconto de 10%, caindo para R$ 1,170 bilhão. Em caso de menos de nove times da Libra na Série A em 2025, haverá um desconto adicional de 11%.