Acha uma boa? Torcedores fazem campanha por retirada de cadeiras no Maracanã

(Foto: Paula Reis/CRF)

Rubro-negros clamam pela retirada das cadeiras nos setores populares do estádio, visando resgatar a essência e aumentar a capacidade.

Fora das quatro linhas de campo, um movimento parece estar prestes a tomar forma. Os fanáticos torcedores do Flamengo estão liderando uma nova campanha, que propõe a retirada das cadeiras nos setores Norte e Sul do lendário Maracanã. Nas redes sociais, as hashtags “Devolvam as arquibancadas” e “Norte e Sul sem cadeiras” viralizaram entre a Nação Rubro-Negra, demonstrando a determinação dos torcedores em retornar às raízes do estádio mais icônico do Brasil.

Os entusiastas desse movimento argumentam que a medida é um desejo compartilhado por grande parte da torcida, que anseia por resgatar o “espírito” do Maracanã e proporcionar um ambiente mais inclusivo para o “povão”. A remoção das cadeiras também resultaria em um aumento da capacidade do estádio, que atualmente acomoda 78.838 espectadores. Reviver a antiga “geral”, o setor mais popular do Maracanã, que foi extinto em 2005 durante as reformas para os Jogos Pan-Americanos, seria o objetivo máximo desse movimento inclusivo.

A inspiração para o início do movimento veio de um acontecimento recente. Em novembro de 2022, o renomado grupo de pagode Sorriso Maroto realizou um show no gramado do Maracanã. Para comportar um número maior de pessoas, os organizadores optaram por retirar as cadeiras de um dos setores do estádio. Desde então, os torcedores do Flamengo têm usado esse exemplo como argumento para exigir a remoção das cadeiras nos jogos de futebol. No entanto, é importante destacar que, em 2019, o engenheiro João Luis Casagrande, responsável pelo projeto estrutural da reforma do Maracanã para a Copa do Mundo de 2014, alertou para os riscos de aumentar a capacidade do estádio sem os devidos cálculos prévios.

Embora alguns possam questionar a viabilidade e os desafios envolvidos na implementação dessa proposta ousada, já existem exemplos de estádios pelo país que adotaram a remoção de assentos em seus setores mais econômicos. A Arena do Grêmio e a Neo Química Arena, casa do Corinthians, são dois casos emblemáticos em que a iniciativa foi bem-sucedida. Além disso, a Arena Castelão está estudando a possibilidade de remover as cadeiras, enquanto o novo estádio do Atlético-MG está sendo construído com um setor popular desde o início.