Comissão de arbitragem admite erro claro na expulsão de Kanu, do Bahia

Segundo a confederação o árbitro Paulo César Zanovelli teve que enfrentar 'clima desfavorável' na partida

(Foto: Gilvan de Souza)

A sexta rodada do Campeonato Brasileiro foi recheada de arbitragens polêmicas, uma delas foi no confronto Bahia x Flamengo, partida apitada pelo árbitro Paulo César Zanovelli. Jogadores do Bahia chegaram a deixar a fonte nova reclamando publicamente da atuação do juiz, o que fez a Comissão de Arbitragem da CBF fazer uma declaração sobre o jogo, por meio do seu presidente Wilson Luiz Seneme.

Foi divulgado um vídeo pela entidade do presidente falando que o árbitro teve que enfrentar um “clima desfavorável” durante a partida, o que fez com que Zanovelli “distribuisse” muitos cartões. “Eu acho que os jogadores estavam em um ambiente deixando a temperatura muito alta. E o árbitro não estava conseguindo equilibrar. O cartão serve para que? Educar e baixar a temperatura do jogo. Se eu tenho cinco minutos e 11 cartões, as minhas técnicas de arbitragem não estão surtindo efeito. Tenho que abrir mão de outras. Como me aproximar mais da jogada, chamar os jogadores, falar com os jogadores, apitar mais perto e forte. Uma linguagem corporal que eu convença mais o jogador com a minha presença física. Isso, como são árbitros jovens e desenvolvimento, têm que passar por essas situações de aprendizagem.” Declarou Seneme.

O presidente de qualquer forma admitiu um erro da arbitragem na expulsão de Kanu, que levou um segundo amarelo por supostamente deixar o braço no rosto de Gabigol. Na opinião de Seneme, o camisa 10 do Flamengo simulou. “Nós vemos que o defensor do Bahia joga mesmo o braço e não se deve jogar esse braço de nenhuma maneira. Ele assume o risco. Mas, assim, na nossa análise em detalhes, esse braço que ele joga, não tem força para lesionar o adversário. Ele toca nos braços, na nossa visão, foi um exagero esse amarelo. O Gabigol quando joga e põe a mão na cara, isso é uma simulação. Nós estamos pedindo para que os árbitros não caiam nessa simulação. Uma expulsão mexe muito com o jogo.”

No fim do vídeo o dirigente da Comissão de Arbitragem finalizou admitindo que acha um erro o VAR não poder revisar o segundo amarelo.  “Como é um segundo amarelo, o VAR não pode entrar. O protocolo estabelece que só os vermelhos diretos o VAR pode intervir. Existe um debate na Fifa, e eu acredito que em pouco tempo, o segundo amarelo pode ser revisto pelo VAR”, completou.