Flamengo erra ao trocar muito de treinador, mas a insistência também acarreta no erro

Clube viveu seus melhores momentos recentes ao trocar de treinador no meio da temporada

(Foto: Marcelo Cortes)

Alguns dos times que estão em melhor fase no futebol brasileiro (Botafogo, Palmeiras e Fortaleza), estão com seus treinadores há mais de um ano. Para quem defende a sequência dos técnicos, esse é um bom argumento. De fato, Luis Castro, Abel Ferreira e Vojvoda realizam um excelente trabalho, esses dois últimos, porém, ainda há mais tempo eu seus clubes.

No entanto, o Flamengo se notabilizou por trocar em grande escala seus treinadores. O último a começar e terminar uma temporada foi Vanderlei Luxemburgo, em 2011. Contudo, graças à essas trocas, o clube viveu alguns seus melhores momentos recentes. Jorge Jesus, um dos mais amados pela torcida e sempre pedido pela Nação, chegou no meio de 2019. E se tivesse mantido Abel Braga?

2022 estava quase perdido com Paulo Sousa, jogadores em má fase, um péssimo início de Campeonato Brasileiro. Dorival Junior chegou e transformou alguns atletas, especialmente Rodinei, Leo Pereira e Everton Ribeiro. Em dezembro, a torcida estava comemorando Copa do Brasil e Libertadores.

O mesmo aconteceu com Rogério Ceni, que substituiu o espanhol Domènec Torrent e conseguiu faturar três títulos com o time.

O ideal seria manter a sequência do trabalho (quando dá certo), como faz muito bem o Palmeiras e outros clubes na Europa. Mas o Flamengo é diferente de tudo, não segue a lógica e, mesmo assim, continua vencedor. Quem sabe a história não se repete com Jorge Sampaoli?