No jogo de ontem (04), o Flamengo entrou em campo com um time mais lento e cadenciado, estratégia que até faz algum sentido visto a ausência do destaque do time do Racing, Matias Rojas. Porém essa estratégia não funcionou até a expulsão de Hauche. Pelo menos é como pensa o jornalista André Rocha, em análise publicada em seu blog.
Tendo Ayrton Lucas como o único escape de velocidade do time, o Flamengo prosseguiu trocando passes lentos, que facilitavam a pressão na bola do Racing.
Mas com um homem a mais, o time que começou o jogo, mesmo que com uma lentidão e sem a intensidade característica dos times de Sampaoli, começou a dar mais certo em campo. Muito graças à boa atuação do volante chileno Pulgar, que inclusive assistiu Gabigol para marcar o tento que o transformou no maior artilheiro brasileiro da história da Libertadores.
Entretanto, o inexperiente lateral Wesley passou o jogo inteiro demonstrando uma afobação, o que atraiu todas as jogadas do clube argentino para cima dele, afim de explorar seus defeitos e conseguir a igualdade numérica. Faltou para Sampaoli a percepção desse perigo para substituir Wesley, que acabou cometendo um erro bobo que o levou a expulsão. Na falta em que foi expulso, surgiu o gol de empate em cobrança de Oroz. A bola era inclusive defensável, mas Santos se manteve plantado, só olhando.
As entradas de Bruno Henrique e Arrascaeta, ambos voltando de lesão, também não ajudou o Flamengo. Sem ritmo de jogo, principalmente Bruno Henrique, erraram a maioria das ações com bola que tiveram, e não imprimiram a velocidade necessária. O mesmo pode se dizer de Cebolinha.
O resultado em si não foi ruim, um empate fora contra o adversário mais difícil do grupo. Mas uma sequência de erros em 2023 tem dado a cara do ano do Flamengo, que basicamente em todos os jogos sofre pela desatenção dos atletas. O Mais Querido precisa desesperadamente de uma virada de chave se quiser não ter uma temporada jogada no lixo.