Organizada do Flamengo recebe homenagem na Alerj por pioneirismo no combate ao discurso LGBTfóbico nos estádios

Nação 12 não faz cantos com teor discriminatório desde 2017

Sobrando! Flamengo teve quase o dobro de receitas que os rivais cariocas no ano passado
Foto: Paula Reis/CRF

A torcida organizada do Flamengo, Nação 12, foi homenageada pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. O motivo disso é o pioneirismo no combate ao discurso LGBTfóbico nos estádios. O grupo proibiu cantos discriminatórios desde 2017, sendo considerado o primeiro do sudeste a fazer isso.

A Moção de Congratulações e Aplausos da Alerj foi promovida pelos deputados André Ceciliano (PT), Carlos Minc (PSB) e a deputada Zeidan (PT). Na homenagem, os deputados destacaram que o objetivo não é acabar com a rivalidade no futebol, mas sim com o preconceito.

“Não se trata de querer um futebol “chato”. Há entendimento de que futebol tem que ter clubismo, rivalidade, cobrança por vibração dos jogadores, que entrem firme nas divididas e que a torcida siga promovendo provocações às torcidas adversárias, desde que não haja preconceito de nenhuma natureza”, declararam.

A decisão da Nação 12 de abolir os cantos preconceituosos aconteceu no dia 28 de junho de 2017, dia em que se comemora o Dia do Orgulho LGBTQIA+. Na ocasião, a organizada publicou um manifesto nas redes sociais informando que seus membros não mais cantariam a música “Vou descontrolado”, que continha um trecho homofóbico direcionado a torcedores do Fluminense.