O Conselho Deliberativo do clube aprovou em votação a limitação de sócios off-Rio. A decisão foi tomada na sede do Clube na Gávea. Nela, os conselheiros aprovaram a inclusão da categoria Off-Rio no quadro associativo do Flamengo. Entretanto, com a limitação de, no máximo, mil sócios que moram a partir de 100km do município do Rio de Janeiro. No “UOL News Esporte”, Eduardo Tironi criticou duramente a decisão da diretoria rubro-negra.
“É uma briga de poder. Os caras que estão no poder agora, o Landim, essa turma toda, eles querem restringir a participação do associado cada vez mais para continuar no poder, em um processo muito parecido, e isso o rubro-negro tem que ficar atento, com o que aconteceu no São Paulo, foi exatamente o que aconteceu no São Paulo”, diz Tironi.
“Hoje, o São Paulo, que dos clubes grandes do Brasil talvez seja o mais fechado, tudo o que acontece no São Paulo é decidido lá por cem conselheiros velhinhos que estão lá há 150 anos, são esses caras que decidem a vida do São Paulo. Quem é são-paulino não tem poder nenhum, só o poder de ser sócio-torcedor, pagar lá e ter ingresso mais barato, não tem poder político nenhum”, completa.
“Essa é a questão que a diretoria do Flamengo faz, essa é a jogada, restringe a participação do associado para que ele tenha mais poder, o que é um absurdo se você entender o que é o Flamengo, mas que também é um pouco reflexo do que é essa diretoria do Flamengo, que é absolutamente elitista”, diz Tironi.
“É a diretoria que acha que o Flamengo na hora de você discutir cotas de TV, sua torcida é a maior, você está em todo lugar do mundo, tem rubro-negro em todo lugar, aí você mostra na cara da TV Globo, ‘olha aqui, temos 40 milhões de torcedores. Só que quem decide é a turminha aqui do Leblon’. É assim que funciona, o que é um absurdo”, conclui.