O Flamengo enfrentou o Sporting Cristal, nesta terça-feira (05/04), pela estreia do time na Libertadores 2022. O Mais Querido entrou em campo pressionado, devido aos maus resultados recentes e a crise interna, numa partida que chegou a ser cancelada pouco antes da bola rolar. A equipe não apresentou um grande futebol, principalmente na primeira etapa, mas conseguiu a vitória por 2 a 0. Além disso, mostrou alguns pontos positivos e outros negativos.
Sem Fabrício Bruno, Arrascaeta, Rodrigo Caio, Pablo e Vitinho, além de João Gomes no banco devido a dores no pé, Paulo Sousa fez algumas mudanças no time titular. A estrutura tática, entretanto, permaneceu a mesma, em um 3-4-2-1 com a bola. Na primeira linha, Gustavo Henrique ganhou novamente a oportunidade, ao lado de David Luiz e Filipe Luís. Já na ala-direita, Matheuzinho ganhou a vaga de Rodinei.
A dupla de volantes, por sua vez, alterou completamente em relação à final contra o Fluminense, com Arão e Thiago Maia nela, enquanto Bruno Henrique ocupou novamente a ala-esquerda. No trio ofensivo, Gabigol ficou mais adiantado, como referência. Por trás dele, Everton Ribeiro ficou à direita, enquanto Andreas Pereira jogou à esquerda, na função que Arrascaeta costuma fazer.
O time entrou em campo com uma postura bem melhor do que na final do Carioca. Jogadores estavam seguindo o esquema tático e marcando com intensidade. A equipe dominou a posse de bola, mas, muitas vezes sem alternativas na saída, com os zagueiros tocando entre si e David Luiz tentando lançamentos. Isso porque, os volantes não estavam aparecendo para auxiliar e, quando recebiam a bola, não estavam inspirados, principalmente Thiago Maia.
Aos 20, entretanto, o gol do Flamengo saiu. O time marcou em cima e contou com um erro de passe do adversário no campo de defesa. Arão, inteligentemente, passou de primeira para Matheuzinho, em velocidade pela ala-direita. O jovem cruzou de primeira, rasteiro, na segunda trave, para Bruno Henrique, que fechava e chutou no cantinho, abrindo o placar para o Mais Querido.
Depois do gol, o rubro-negro melhorou. A equipe passou a controlar mais o jogo e, por mais que não tenha criado chances claras, chegou a achar espaço. As jogadas aconteciam quando, após rodar a bola, o time abria para Bruno Henrique pela esquerda, que triangulava com Filipe Luís e Andreas Pereira. Foi dessa forma que o Flamengo criou duas jogadas que resultaram em finalizações da entrada da área, uma com BH e outra com Andreas, ambas para fora.
Segunda etapa
O Flamengo voltou do intervalo com o mesmo time que terminou o primeiro tempo. Entretanto, a equipe caiu bastante de rendimento. O Mais Querido recuou muito as linhas, o Sporting Cristal adiantou a marcação e os jogadores rubro-negros não conseguiam trocar três passes para sair da defesa, muito menos criar chances de perigo.
Aos 13, então, Paulo Sousa fez as primeiras mudanças. Filipe Luís sentiu a perna e saiu para entrada de Léo Pereira. Já Thiago Maia, que teve péssima atuação, foi substituído por João Gomes. O garoto deu muito mais movimentação e intensidade para o meio campo do time. Só que não foi o suficiente. A equipe continuou recuando, sem conseguir passar do meio de campo.
Então, aos 27, o treinador mudou novamente, colocando Lázaro na vaga de Everton Ribeiro. O jovem, que vinha sempre atuando como ala, dessa vez jogou na função que o camisa 7 estava fazendo, por dentro, pela direita. 8 minutos depois, o técnico fez as últimas duas alterações. Tirou Gabigol, que teve uma atuação nula, errando nas vezes que recebeu a bola, e Arão, que também foi mal, pouco aparecendo na saída, para colocar Pedro e Matheus França.
A estrutura continuou a mesma. Pedro ficou como referência, enquanto Matheus França jogou por trás do centroavante, pela esquerda, onde estava atuando Andreas Pereira. Dessa forma, o belga-brasileiro recuou para atuar ao lado de João Gomes. Dessa forma, o time deu uma oxigenada e melhorada na reta final. Os jogadores entraram com mais energia e conseguiram criar.
Logo no primeiro toque na bola de Matheus França, o jovem, que recém completou 18 anos, deu belo passe em elevação para infiltração de Lázaro na direita. O goleiro saiu mal e o meia teve a chance de marcar, mas tentou um drible e errou. Então, aos 42, veio o gol. Na saída de bola, Gustavo Henrique acionou Lázaro por dentro, pela direita. O jogador conduziu a bola, viu a ultrapassagem de Matheuzinho pela ala-direita e deu passe milimétrico para o lateral, que finalizou no canto e ampliou.