O Flamengo teve mais uma atuação muito ruim na derrota contra o Fluminense. O roteio parece se repetir em todas as partidas, ficando visível que treinador e elenco ainda não falam a mesma língua. Em 13 jogos, Paulo Sousa mandou à campo 12 escalações diferentes e tentando impor ideais que os jogadores não conseguem compreender.
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A equipe fica com a posse de bola, mas não tem agressividade, não se impõe e quando perde a bola, toma muitos sustos no contra-ataque. Após o apito final, era nítido no semblante dos dirigentes e atletas que o clima estava pesado e se não conseguir reverter o resultado nos sábado, a crise pode se instalar de vez no Ninho do Urubu.
Quando chegou ao Mais Querido, a diretoria deu autonomia para Paulo Sousa e a comissão técnica implantarem seus métodos de trabalho. O treinador veio com o discurso de que ninguém teria vaga cativa no time e de tirar os atletas da zona de conforto, mas talvez não esteja fazendo de forma certa declarando nas coletivas que acredita faltar “fome” em alguns jogadores, o que acaba sendo visto como uma exposição desnecessária e que poderia ser falada apenas internamente. Após o Fla-Flu, o português mudou um pouco a fala e também se disse com uma parcela de culpa pelo vexame.
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“Minha parcela é maior do que a de todos os nossos jogadores. Claro que não sou eu que estou em campo a tomar decisões a nível de controle, de passe e de drible, de cruzamentos e em decisões com bola ou sem bola. Com certeza sou eu quem tomo as decisões de quem vai jogar e das substituições”, disse ele, que acrescentou:
“Estivemos todos muito mal individualmente, tecnicamente, taticamente. E eu sou o primeiro a me colocar à frente do grupo. As coisas não funcionaram. Tecnicamente, tentamos acelerar demais o jogo com muito poucas situações, sobretudo no passe de pouca qualidade”.
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No sábado, Flamengo e Fluminense voltam a se enfrentar pela partida de volta da final do Campeonato Carioca, às 18h, no Maracanã. O Mengão precisa de dois gols de diferença para levar para as penalidades ou ganhar por três gols para ficar com o caneco. Se ganhar, a situação pode amenizar, se perder, o caldo entorna de vez e a crise que só estava rondando, se instala no Ninho do Urubu.