O Flamengo tem sido bastante cauteloso na busca de reforços para não enfiar os pés pelas mãos. Apenas Marinho e Fabrício Bruno foram contratados, os dois jogam por clubes brasileiros e a negociação foi mais simples e econômica. A forma com quem o Mais Querido tem se colocado no mercado tem desagradado alguns torcedores, mas existe um motivo para todo o cuidado que a diretoria tem tido, eles estão aguardando o fim de um processo do Banco Central para voltar a comprar jogadores, sobretudo no exterior. Se o Mengão for condenado, terá R$ 127 milhões penhorados, que causará um impacto enorme no orçamento. ‘Desistam! Pedro não sairá do Flamengo’, diz Renato Maurício Prado.
Siga o Diário do Fla no Twitter
De acordo com o “GE.com”, a briga jurídica entre o Flamengo e o Bacen é por conta de supostas irregularidades em negociação feitas em moeda estrangeira entre 1993 e 1998. No dia 21 de janeiro de 2022, foi penhorado R$ 126.998.514,57 por conta dos problemas citados, a ação foi feita com determinação da 9ª Vara Federal de Execução Fiscal da Justiça Federal do Rio de Janeiro. O valor da multa aplicada em 2013 era de R$ 38.367.280,00, mas foi corrigido com o passar dos anos.
O Banco Central havia aceitado a penhora de imóveis do Ninho do Urubu como garantia, avaliado à época em R$ 77.430.000. Porém, em 2019 pediu que a execução fosse feita com depósito em dinheiro, alegando que as matrículas dos imóveis estavam irregulares.
O Flamengo pediu que a multa seja reduzida para R$ 10,6 milhões, e o Superior Tribunal de Justiça (STJ) está avaliando. Até o momento, o Mengão está levando a melhor, mas no dia 15 de fevereiro, a ministra Regina Helena Costa pediu um tempo maior para analisar se o pedido da diretoria rubro-negra será aceito. O clube está otimista que conseguirá e já depositou R$ 10,6 milhões em juízo.
Siga o Diário do Fla no Instagram
Venda de Sávio é o principal motivo da briga
De acordo com o “GE.com”, o processo envolve negociações de menores envolvendo os ex-jogadores Palhinha, Rivera, Bebeto e até mesmo Zico. Porém, o principal motivo de todo caos é a negociação de Sávio para o Real Madrid. A venda aconteceu quando Kléber Leite era presidente, no fim de 1997. O negócio foi fechado por quase 20 milhões de dólares (US$ 19.437.500 de acordo com a ação).
Nessa transação, o ex-lateral-esquerdo e meia, Zé Roberto foi incluído no pacote, mas o Banco Central alega que isso é ilegal. A chegada de Zé à Gávea correspondia ao abatimento de US$ 8 milhões dos US$ 19,4 milhões declarados. O Flamengo entende que não existe qualquer irregularidade no que foi feito.
Curta o Diário do Fla no Facebook
As vendas de Carlos Garrit e Régis ao Kashima Antlers, do Japão, em 1993, também foram citadas no processo. Na época desses negócios, o presidente do clube era Luiz Augusto Veloso. No mandato de Kleber Leite, entre 1995 e 1998, as compras de Bebeto e Palhinha, La Coruña-ESP e Cruzeiro respectivamente, também foram citadas. A venda de Mazinho ao Kashima Antlers e o empréstimo do equatoriano Rivera ao Espoli, do Equador.