O Flamengo enfrenta o Atlético-MG neste domingo (20/002), às 16h, na Arena Pantanal, em Cuiabá, pela decisão da Supercopa do Brasil. Além de ser um jogo valendo título, a partida é quase que uma “estreia” de Paulo Sousa no comando do Mais Querido. Isso porque, até então, o técnico apenas disputou confrontos do Estadual, que estão sendo usados como uma espécie de pré-temporada pelo rubro-negro. Agora, será a primeira vez que veremos como o comandante coloca o time ‘para valer’.
Até o momento, Paulo Sousa comandou o Flamengo em 5 partidas do Carioca. Apesar do período ter sido usado basicamente para testes, já dá para ter uma noção de como o técnico português quer ver a equipe em campo. Isso porque, apesar das constantes mudanças de jogadores, inclusive colocando atletas de posições de ofício distintas, o time atuou em todos os jogos com a mesma estrutura tática. Com a bola, o Mais Querido fica em uma espécie de 3-4-2-1.
Contra o Galo, o Flamengo deve ir a campo com esse esquema. A grande questão são os titulares. Hugo Sousa será o goleiro. O trio da primeira linha é provável que seja Fabrício Bruno ou Gustavo Henrique pela direita, David Luiz central e Filipe Luís na esquerda. Já na segunda, Rodinei ou Matheuzinho pela ala-direita, com Everton Ribeiro na esquerda e Arão com João Gomes/Andreas Pereira de dupla de volantes. Mais adiantados e por dentro, Arrascaeta, na esquerda, e Bruno Henrique, direita, ficam atrás de Gabigol.
Esse é o provável time do Flamengo. Mas, a equipe não deve ficar estática, principalmente o trio de frente. Os três jogadores tendem a se movimentar muito e ocupar o espaço um do outro, de forma já sincronizada pelo entrosamento que têm. Então, é natural que em vários momentos Gabigol recue e receba mais pela direita, com Arrascaeta caindo pela esquerda e Bruno Henrique infiltrando na área para receber o passe ou cruzamento. O próprio uruguaio em alguns momentos entra no buraco deixado por Gabi.
Opções de Paulo Sousa
Se todos os atletas tiverem em condições, aquele provavelmente será o time titular. Mas, opções não faltam para o treinador. Sem mudar os 11 iniciais, o técnico pode, por exemplo, botar Bruno Henrique na ala-esquerda, com Arrascaeta indo para a meia-esquerda e colocando Everton Ribeiro na meia-direita, onde vai muito bem. Já no banco, caso queira fazer alguma troca, há vários peças de qualidade, de estilos diferentes.
Há as substituições mais tradicionais, tirando um jogador da posição e botando outro, como, por exemplo, colocar Vitinho ou Marinho nas vagas de Bruno Henrique ou Arrascaeta, além de Pedro na de Gabigol. Mas, o técnico pode fazer mudanças menos convencionais, mantendo ainda o padrão tático do Flamengo, como vimos nos jogos do Campeonato Carioca.
Uma delas seria a de botar Gabigol e Pedro juntos. Assim, o camisa 9 recuaria para aquela posição por dentro mais à esquerda, atrás do centroavante, onde Arrascaeta deve iniciar. Para isso, alguém teria que sair do time. Além do Bruno Henrique e o uruguaio, que seriam as opções mais óbvias, o treinador poderia, por exemplo, tirar um dos volantes. Assim, recuaria Arraca para a função de homem em frente à primeira linha, que tem muita importância na transição da defesa para o ataque, além de pisar na área.
Pode parecer estranho, mas daria até mesmo para o técnico tirar um zagueiro para colocar Pedro, sem mudar o esquema tático do Flamengo. Para isso, Arão recuaria para a primeira linha, algo que já está habituado desde 2019. Os outros jogadores fariam o mesmo movimento, com o recuo de Gabigol e Arrascaeta.
Caso queira mais velocidade na ala-esquerda, uma hipótese seria botar Vitinho nela no segundo tempo. Assim, Everton Ribeiro teria que ou sair, ou mudar de posição, podendo também fazer a função de volante, ou adiantar na meia-direita, recuando Arrascaeta. Além disso, o camisa 11 poderia revezar com Bruno Henrique entre ala e por dentro, pois ambos tem qualidade para fazer as duas opções.
Ou seja, opções não faltam para Paulo Sousa. O técnico pode atuar também com 3 defensores, colocando Filipe Luís como ala ou até mesmo volante, pode botar apenas um zagueiro de ofício, com FL e Isla ou Arão na primeira linha, um ou dois centroavantes… São muitos jogadores de qualidade que se encaixam no modelo proposto pelo técnico. Resta ver quais serão as escolhas e se o time vai ter um desempenho na decisão correspondente às expectativas, neste primeiro grande jogo da temporada.