O Flamengo só deve resolver questões importantes no elenco de futebol quando tiver contratado o novo treinador, mas se antecipou a renovou com Diego Alves, Diego Ribas e Filipe Luís por entender que são peças importantíssimas no time e não precisam passar por uma aprovação da nova comissão técnica.
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Na live do Flamengo, feita pelo “UOL Esporte”, com o André Rocha e Renato Maurício Prado, falaram sobre o trio e a oportunidade de tê-los futuramente trabalhando no departamento de futebol do Mais Querido. Filipe Luís já manifestou o desejo de ser técnico.
“O Flamengo tem interesse no Filipe Luis quando ele parar de jogar, em uma comissão técnica, ou começando pela base, ou em um cargo parecido com o que o Juan ocupa hoje, mas mais voltando para o campo. O Flamengo vê o óbvio, que o Filipe Luis tem potencial para ser um grande treinador. O Filipe Luis já sinalizou que pretende trabalhar, quando encerrar a carreira… Aquela coisa, né? Geração 85: ‘A gente para junto, e vamos trabalhar juntos’. Cada um em uma função e tal. Eles têm essa coisa de trabalhar juntos, e isso gera um certo dilema no Flamengo. O Flamengo não está sabendo lidar muito bem com essa situação. Como vai fazer essa transição? Porque o Flamengo que vai ter de definir uma situação que depende do jogador”, informou André Rocha.
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“E fica uma insegurança de, de repente, na hora de não renovar o contrato, o jogador consegue um outro clube e, de repente, esse clube pode aproveitar o Filipe Luis, o Diego, em uma comissão técnica, e quebrar esse plano do Flamengo. Então, o Flamengo renovou esse contrato, a ideia é ser só mais esse ano, mas tem esse dilema que é: o jogador vai aceitar que acabou? Que vai encerrar a carreira no Flamengo no ano que vem? Que não tem mais um ano de contrato? E se ele resolver parar e algum clube procurar, depois vai voltar ao Flamengo ou vai se abrir ao mercado? A direção do Flamengo vive esse dilema com a Geração 85 e por isso teve essa renovação tão antecipada, ainda sem ter treinador, porque é uma decisão do clube, insistir com esses jogadores para ver se eles encerraram e assumem outras funções no departamento de futebol”, completou.
Renato Maurício Prado acha que o Mengão pode aproveitar o trio para um futuro departamento de futebol, mas declarou que a postura precisa de diferente de um jogador e agir como um dirigente.
“Faz sentido, André, só que é o seguinte, eles não podem continuar sendo os donos do elenco como estão sendo. Na época do Jorge Jesus, quem era o dono do elenco era o Jorge Jesus, e com a saída do Jesus, aos pouquinhos, a Geração 85 foi alargando o seu espaço e, hoje em dia, manda e desmanda no clube. Isso é uma tarefa complicada para qualquer treinador”, afirmou.
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“Em relação ao Filipe Luis, o que eu soube, e isso me preocupa, é quando parar de jogar, ele pretende fazer cursos no exterior. Não passa pela cabeça dele parar de jogar e assumir um cargo em uma comissão técnica, começar a carreira de treinador (…). Isso seria legal se ele assumisse o compromisso com o Flamengo e depois voltasse para o Flamengo. Ele e o Diego, quando o Gerson foi embora, teve aquela cena deles brincando com o Gerson dizendo: ‘Você vai agora, mas quando voltar vai ser dirigido por nós’. Gosto muito da ideia do Filipe Luis ser um futuro treinador, o Diego vejo com perfil para ser diretor-executivo, mas, nesta temporada que vai começar, precisam jogar bola. Bola que o Diego não parece mais ter, e o Filipe Luis, ainda que tenha, precisa enfrentar o drama das contusões na panturrilha”.
André Rocha relembrou o problema de comportamento de Diego Alves envolvendo Dorival Jr que quase o tirou do Mengão. O colunista disse que da “Geração 85”, o goleiro é o mais difícil de administrar.
“O investimento principal do Flamengo é no Filipe Luis. O Diego e o Diego Alves são, digamos assim, agregados por causa dessa questão da Geração 85. Agora, a gente sabe que se o Filipe Luis não tiver bem, aceita um banco em uma boa, Diego já vimos que aceita o banco em uma boa, agora, o Diego Alves, não. Diego Alves não aceita reserva fácil. Vimos isso com Dorival, com o Dome… Aí que é o problema”.
