Análise Tática: Santos x Flamengo

Equipes se enfrentam neste sábado, às 19h, na Vila Belmiro, pela 18ª rodada do Campeonato Brasileiro

(Foto: Reprodução/Alexandre Vidal/Flamengo)

Flamengo e Santos se enfrentam neste sábado, às 19h, na Vila Belmiro, pela 18ª rodada do Campeonato Brasileiro. O Mais Querido vem de uma grande vitória contra o Grêmio, por 4 a 0, com um jogador a menos, que praticamente garantiu a classificação para a semifinal da Copa do Brasil. A partida foi ótima para aumentar a confiança da equipe, mas ao mesmo tempo mostrou uma fragilidade que precisa ser consertada. Ainda assim, time tem tudo para fazer outra grande atuação.

Desde a chegada de Renato Gaúcho, o Flamengo mudou o estilo de marcação. O treinador gosta da individual, em que os jogadores tem que “caçar” o adversário. Há, então, uma necessidade dos volantes serem muito intensos. O problema é que Diego não está conseguindo manter a pegada necessária. Com Rogério Ceni, o camisa 10 estava atuando como primeiro homem do meio de campo e, por isso, já ficava mais posicionado na defesa. Já com o novo técnico, o atleta está de 2º volante, tendo que ir mais para o ataque. Assim, não têm o mesmo fôlego para retornar e acaba deixando buracos.

Diego ainda é bem útil ao Flamengo. Com a bola nos pés, o camisa 10 tem muita qualidade e, atuando de segundo volante, acaba participando mais da criação das jogadas. Então, quando enfrenta equipes que não exigem fisicamente do Mais Querido no sistema defensivo, o meia costuma ter boas atuações e ser importante, como contra o Corinthians, ABC, Bahia e Olimpia. O problema é quando o adversário coloca em campo uma equipe com um meio físico.

Na goleada sofrida contra o Inter, o colorado botou em campo 4 volantes de origem, 2 jogadores velozes na frente e, assim, tomou conta do meio. O Ceará também colocou uma equipe forte fisicamente, o Flamengo teve problemas de criação e o adversário criou oportunidades. Já no primeiro tempo contra o Grêmio, em que o Mais Querido teve uma péssima atuação, Felipão povoou o meio com três volantes, além de atletas de velocidade pelas pontas e um centroavante. Nessas três ocasiões, Diego não conseguiu ir bem e o meio rubro-negro ficou com muito espaço.

O Santos tem uma equipe técnica e veloz, mas que pode ser física também, caso Diniz coloque o trio no meio com Jean Mota, Camacho e Sánchez. Assim, talvez o melhor para o Flamengo fosse botar Diego no banco, para ser uma boa opção no segundo tempo. Renato poderia colocar Thiago Maia, que, diferente do camisa 10, é um volante de origem, mais jovem, com extinto de marcação maior e que também tem técnica de sobra. Contra o Grêmio, por exemplo, Maia entrou no intervalo, o adversário não conseguiu mais achar espaço no meio e o Mais Querido cresceu na partida. Outro jogador que poderia começar a partida na posição é Andreas Pereira, que é extremamente talentoso.

Renato, então, tem boas opções para posição. Vale destacar que, mesmo se jogar com Diego de titular, Flamengo tem tudo para sair vitorioso. Santos não vive grande momento, é um time que busca ter muita posse, mas que encontra dificuldades de criar chances para finalizar. O Mais Querido precisa jogar com intensidade na frente e, de preferência, marcar a saída de bola adversária. Roubar a posse no campo de ataque pode ser um diferencial no jogo para o rubro-negro. Na defesa, Gustavo Henrique e Léo Pereira, que estão evoluindo de rendimento, precisam estar atentos na movimentação do Peixe.

Michael deve ganhar a vaga de Bruno Henrique, lesionado, mantendo o esquema no 4-2-3-1. Renato tem também a opção de colocar Pedro, alternando para um sistema com 2 centroavantes, mas é menos provável. É fundamental que os jogadores de frente atuem com intensidade, tanto na marcação, como com a bola, se movimentando, trocando passes rápidos, alternando de posição e fazendo as infiltrações, para receberem as enfiadas. Além disso, o Santos demonstra um pouco de fragilidade na bola parada defensiva, então Gustavo Henrique, Léo Pereira e Arão podem aproveitar.