A chegada de Renato Gaúcho transformou o ambiente no Flamengo, Clube volta a empilhar vitórias e demonstrar clima leve. Contudo, já são quatro vitórias em quatro jogos. Além do aproveitamento de 100% do técnico, a equipe aplicou três goleadas nos jogos mais recentes. A volta do bom futebol e de bons resultados anima a Nação Rubro-Negra.
A animação do torcedor é justificável, afinal a sequência de resultados lembra a fase do Flamengo de 2019. Entretanto vale algumas ressalvas sobre o desempenho da equipe. O Mengão não apresentou um bom futebol contra o Defensa y Justicia, estreia de Renato, e tão pouco jogou bem o seu melhor futebol em boa parte do confronto contra o São Paulo no último domingo. Léo Burlá ponderou estes aspectos no podcast UOL Flamengo #22.
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“Acho justo o torcedor embarcar na euforia. São 15 gols feitos e dois sofridos em quatro jogos, com três goleadas. Mas esse time vai patinar, é óbvio, o que não quer dizer que não vá brigar por todas as competições. Isso faz muito parte do humor rubro-negro e do seu jeito de ser, essa coisa de ‘rumo a Tóquio’. A estreia do Renato foi aos trancos e barrancos, em um jogo difícil contra o Defensa y Justicia na Argentina. Aí atropela o Bahia, vai para Brasília e goleia o Defensa por 4 a 1, mas deu uma cochilada em alguns momentos. E, nesse jogo contra o São Paulo, em boa parte do primeiro tempo o São Paulo vinha melhor no jogo”
O trabalho de Renato não é resumido apenas por uma mudança no emocional da equipe. Sem duvidas o treinador, com seu ar de boleiro, consegue desenvolver aquela conversa ao pé do ouvido melhor que o seu sucessor. Não é que Rogério não soubesse aonde, e com quem, estava lidando, mas Renato já mostra ser mais capaz de lidar com o vestiário estrelado da equipe. Porém, existe mudanças táticas no elenco também. O treinador volta com Arão para a sua função de domínio no meio campo, e muda a saída de bola.
“É inegável que a chegada do Renato trouxe uma sacudida positiva no vestiário. Mas daí a achar que basta o cara ir lá e dizer ‘vamos lá, isso aqui é Flamengo’ e o time jogar bem você está sendo injusto com o técnico. De cara, ele faz uma mudança, que é a volta do Arão para a posição que ele domina e, nesse movimento, ele consegue uma coisa interessante. Já dá para dizer que é mérito do Renato, além da tática. Aparentemente, o Gustavo Henrique passou a acreditar mais nele mesmo, jogando mais protegido e mudando a saída de bola com Filipe Luís e Isla”. Analisou Burlá.