O Flamengo venceu o Atlético-MG por 4 a 2, nesta quarta-feira, na Arena MRV, pela 14ª rodada do Brasileiro. O resultado manteve o Rubro-Negro na liderança do campeonato. Logo após a vitória, o treinador Tite comemorou mais uma conquista de três pontos e apontou o torneio como o mais difícil do mundo.
“O Campeonato é muito difícil. Pra mim, é o mais difícil do mundo, por ter um equilíbrio muito grande de forças. Não estou dizendo que é o melhor, mas sim o mais difícil. O futebol não é só a parte técnica e tática. Também engloba uma série de relações, que são humanas, de sentimentos, mas isso só quem vive o vestiário pode dizer isso. A gente procura trabalhar e valorizar os atletas que estão aqui”, disse o treinador.
Além disso, o técnico Rubro-Negro junto com o auxiliar Cléber Xavier também falaram sobre o mental da equipe, polêmicas de arbitragem, administração do elenco, ausências na Copa América, entre outros temas. Confira abaixo:
Mental da equipe
“Vamos bater na realidade do nosso trabalho, que é a força do grupo, o trabalho no dia a dia. Primeiro, a gente começa amanhã, na recuperação pós-jogo, é trabalhar em cima da estratégia, já trabalhando em cima do próximo adversário, é passar pros atletas que os jogos hoje tem 100 minutos, com uma grande quantidade de gols saindo na parte final. Quando se consegue conectar tudo isso, e ter a força do grupo real, tendo jogadores fazendo mais funções, os resultados vão acontecendo, e isto fortalece o grupo”, Cléber Xavier.
Arbitragem
“Ganhei o terceiro cartão amarelo. Errei. Não quero ganhar com vantagem. Quem me conhece sabe. Porém, não quero que tirem o meu queijo. O lance no Erick, vou dar o nome, o Rodrigo Alonso, que é o cara do VAR, que dá o pênalti onde o Allan toca na bola, e não da o pênalti onde o cara toca direto no pé do Pulgar, não consigo entender. Não consigo entender o critério. Porque um sim, e o outro não. Me dou o direito de reclamar aqui, porque quando reclamo na beira do campo, sou punido”, Tite.
Pedro
“Estava engatilhado, se não ganhasse hoje, o motivo seria porque poupamos o Pedro. Sendo que, ninguém poupou ele. O jogador sentiu a perna ontem à tarde. Correu o risco de não vim, mas ele mesmo se quis vim. Ninguém poupou. Não sou maluco. Agora, era um risco temerário de começar com ele, porque corria o risco de estourar o atleta”, Tite.
Carlinhos
“Vou aproveitar para valorizar o Carlinhos, que não jogava uma partida inteira desde o Campeonato Carioca. Teve uma lesão recentemente, se recuperou e vem treinando muito bem. Ganhou oportunidade, mereceu, aproveitou e foi premiado com um gol. A gente fica feliz, assim como os outros atletas, o grupo todo fica feliz”, Cléber Xavier.
Desgaste
“O atleta não é máquina. É preciso saber disso. Estudei para isso. Não sou maluco”, iniciou Tite.
“Alguns jogos estão tendo apenas uma distância de 66 horas, o que é muito difícil de recuperar os atletas. A gente tem trabalhado muito, com outros departamentos, e temos conseguido reduzir o número de treinamentos para dar mais condições aos atletas. Muitos jogando no sacrifício, às vezes pela necessidade do resultado”, completou Cléber Xavier.
Mudança de horário para partida contra o Cuiabá
“Muda muito. É reduzido. Nesse sentido hoje, até que entra em equidade. Mas já passamos por momentos onde o adversário teve 72 horas para trabalhar e a gente 66 horas. Mas seguimos trabalhando, para poder jogar sábado às 20 horas, da noite”, Cléber Xavier.
Lucas Paquetá
“Lorran, Gerson, Matheus, Arrasca, é o nosso real aqui”, Tite.
Perda da mãe do Carlinhos
“O clube acarinhou ele. A direção, a comissão técnica e o grupo de atletas. Todos acarinharam, trouxeram ele para o trabalho, deram tempo para a recuperação, ele vinha de uma lesão também. A perda de uma mãe é grande. O clube trouxe ele pra cima, treinando, e os últimos treinos foram muito bons, onde o credenciou para ser titular”, Cléber Xavier.