Jornal critica apoio do poder público ao novo estádio do Flamengo: ‘Oportunismo eleitoral’

Prefeitura irá desapropriar terreno de desejo Rubro-Negro

(Foto: Divulgação)

O jornal “O Globo” criticou o apoio da Prefeitura do Rio de Janeiro à construção do novo estádio do Flamengo. A parceria com o poder público tem sido fundamental para a ambição Rubro-Negra em ter a casa própria. Isso porque, após não chegar a um acordo com a Caixa Econômica Federal para compra do terreno do Gasômetro, o local será desapropriado com a ajuda do prefeito Eduardo Paes.

Assim, o edital publicado neste último domingo pelo jornal criticou determinada postura. Na visão do grupo jornalístico, a cidade do Rio de Janeiro não precisa de um novo estádio além do Maracanã. A matéria aponta os custos da reforma do tradicional palco do futebol carioca para a Copa do Mundo de 2014 e o medo da estrutura se tornar um “elefante branco”.

“A despeito de interesses clubísticos e eleitorais, a cidade não carece de novo estádio, ainda mais a apenas 3 quilômetros do Maracanã. Está bem servida com os que tem (…) Seria péssimo para a cidade e para o país se o Maracanã se tornasse mais um elefante branco, como acontece com estádios construídos ou reformados para a Copa de 2014, que passam a maior parte do tempo às moscas”, iniciou a matéria.

Além disso, o jornal também classificou a postura do poder público da cidade como “oportunismo eleitoral” do atual prefeito Eduardo Paes. Isso porque a torcida do Flamengo compõe mais de 50% do público do Rio de Janeiro.

“Um dos melhores e mais populares estádios do mundo não pode ser palco apenas de jogos ou shows especiais. Com a queda no público, a conta da manutenção sobrará para o estado. Para todas as torcidas, portanto”, relatou.

Maracanã

Vale apontar que mesmo com a construção do próprio estádio, o Flamengo ainda pretende utilizar o Maracanã. O clube recentemente conquistou, ao lado do Fluminense, a concessão  do estádio para os próximos 20 anos. A prefeitura se apoia no contrato do edital, que prevê número mínimo de partidas por temporada, como certeza de que o Rubro-Negro não irá abandonar o templo do futebol carioca.