A polêmica envolvendo jogos no Maracanã teve mais um capítulo durante as últimas semanas. Isso porque, a semifinal do Campeonato Carioca entre Nova Iguaçu e Vasco demorou para ser confirmada no estádio. O consórcio que administra o local, formado por Flamengo e Fluminense, demorou dois dias para responder a solicitação.
Com a disputa da licitação do estádio para os próximos 20 anos, surgiu a dúvida: O vencedor terá que ceder o estádio para outros clubes? A resposta para determinada pergunta é sim. Assim, o próximo administrador também terá que abrir mão do Maracanã, caso este, seja solicitado por outro clube carioca.
No edital, está previsto que a concessionária vencedora da licitação não poderá favorecer uma ou mais agremiações ao uso do estádio. Desta forma, os clubes, ou a empresa que ganhar a administração do Maracanã, terá que mantê-lo aberto para outros usuários. Situação semelhante a atual.
“A CONCESSIONÁRIA, sem prejuízo de outras vedações estabelecidas neste CONTRATO, no EDITAL e seus ANEXOS, ou na legislação aplicável, não poderá favorecer a uma ou mais agremiações, clubes, associação ou confederação desportiva, por meio de oferta de utilização exclusiva do Complexo, em especial do Estádio Jornalista Mário Filho – Maracanã, assim como impor tratamento comercial injustificadamente distinto, discriminatório ou sem critérios técnicos, que represente ônus excessivo e ou a prática de atos que resultem, em vedação de acesso à utilização do Complexo às agremiações, clubes, associação ou Confederação”, diz o edital.
Outro fator de destaque, é a não autorização de personalização de áreas comuns do estádio. Ou seja, o vencedor terá que preservar, por exemplo, as arquibancadas nas cores atuais, branco, verde, amarelo e azul, usadas desde a Copa do Mundo de 2024.
Busca pelo estádio próprio
A falta de autoridade sobre o Maracanã faz o Flamengo voltar a sonhar com a construção de um estádio próprio. Nas últimas semenas o presidente Rodolfo Landim se reuniou com o representante da Caixa Econômica, dona do fundo que administra o terreno que interessa o Rubro-Negro. A ideia é que a casa do Mais Querido seja construída na região do antigo Gasômetro, localizado na zona portuária do Rio de Janeiro.