O Flamengo derrotou o Vasco por 1 a 0 neste domingo e embalou a segunda vitória seguida no Campeonato Brasileiro. Depois do jogo, o técnico Tite concedeu entrevista coletiva e, entre diversos assuntos, falou da atmosfera do clássico e sobre o desempenho do time.
”Antes eu não sabia o que era. Agora eu sei o que é Flamengo e Vasco, a emoção do jogo. Toda atmosfera de duas extraordinárias equipes. Feliz pelo desempenho. Em alguns momentos a gente controlou, isso se alterna num jogo desse tamanho. Feliz pelo resultado final, e a construção no contexto geral dá a sensação de sermos merecedores”, disse, antes de emendar sobre o desempenho da equipe:
”A gente fica muito focado no jogo tenta abstrair o que está fora. O jogo foi muito intenso. O Vasco botou muita velocidade, nós com um dia a menos de recuperação. A equipe do Vasco é estruturada. Fez os primeiros minutos acelerada e assentou. No segundo tempo também. O desgaste do jogo anterior foi evidente, teve necessidade de trocas. E os que entraram foram bem”, complementou.
Confira outros trechos da coletiva de Tite:
Rodrigo Caio (resposta do preparador físico Fábio Mahseredjian)
”Chegamos aqui há 15 dias. O Rodrigo tem treinado muito bem. Está totalmente recuperado, por isso estava no banco de reservas. Ele está apto a jogar, vem treinando, faz tudo que os outros atletas fazem. Ele é um atleta, merecedor de jogar. O Tite vai decidir a hora, mas ele nos deixa feliz pelo empenho e pela saúde que tem”
Substituição de Pedro por Gabigol
”São características diferentes. Quando tem um jogador de movimentação, o ritmo acelerado do início vai caindo. Ele também proporcionou ao Gabriel as movimentações de atacar os espaços. Mas isso é cabeça boa também, se o atleta não estiver preparado entra sem o mesmo nível. Os que entraram trouxeram esse componente. É importante ter peças de reposição como o Gabi. Perdeu em bola aérea mas ganhou em velocidade, recomposição”
Mudança tática ao longo do jogo
”O jogo teve muitas etapas diferente dentro do próprio jogo. Diferentes jogos dentro do jogo. Até a hora do gol nós tínhamos 55% de posse. A gente procurando mais um jogo de aproximação e o Vasco com duelos e transições, com bola aérea, com uma equipe coordenada. Nós tínhamos que fazer o equilíbrio entre neutralizar o adversário, o ponto físico e o técnico. Isso exigiu bastante atenção. Por isso a inversão de lado do Gerson. Porque o Gerson fazia aqui, antes era Payet e depois trazia o jogador de velocidade de lado. Por isso, não botei o Luiz Araújo no lado direito e botar o Everton porque eles têm jogada de combinação com o Wesley. O jogo exigiu muito”
Compor o meio-campo com Arrascaeta e Everton Ribeiro
”O desenho que a equipe tem, o Flamengo tem um meio-campo que salta aos olhos. Tu tem Thiago Maia, Pulgar, Gerson, Arrascaeta, Vitor Hugo, Everton Ribeiro e aí você compõe, onde a equipe dita ritmo com esses homens no meio e dois na frente. Não quer dizer que a gente não tenha que colocar jogadores verticais. Mas o dna do Flamengo é historicamente do que vi de Lico, Andrade, Adílio, Zico e Tita. Esse dna… Não estou comparando, é a ideia de ter posse e criatividade”
Sobre Gerson
”Gerson trabalhou em diferente setores. Ele tem um domínio de posições. Na França, ele jogou pela esquerda, como meia, atacante. Pela direita, jogou com o Ceni. É um jogador que retém a bola na frente, ajuda no jogo apoiado. É moderno, versátil. Trabalha como segundo meio-campista também. Tem muita qualidade”
Rossi
”O Rossi teve uma defesa de um cabeceio que foi determinante. Cada momento tem um caráter decisivo. É muito difícil neutralizar cabeceio do Vegetti, ele sai do ângulo de visão e ataca como poucos vi, era inevitável que aconteceria, e nesses momentos era necessário (o Rossi)”
Sistema defensivo
”O Cruzeiro que ganhamos de 2 a 0 tinha uma das melhores defesas. Não é o sistema defensivo, é a equipe, que se defende, cria e ataca”, finalizou Tite.