Na tarde desta sexta-feira, o torcedor do Flamengo, Leandro Campos, que se envolveu em confusão com Marcos Braz no início da semana, concedeu entrevista coletiva. Entre diversos assuntos, o entregador negou ter agredido o dirigente e explicou o ocorrido no BarraShopping.
”Eu estava passeando no shopping, eu trabalho ali. Sou entregador e trabalho de bicicleta. O vi dentro da loja e falei a seguinte palavra: “Marcos Braz, sai do Flamengo”. Virei as costas e saí andando em diagonal no shopping. Quando percebi que estava vindo atrás de mim foi porque a lojista gritou: “Menino, ele está indo atrás de você”. Ele estava vindo de punho cerrado, virei de frente para ele, dei um passo para trás, ele se desequilibrou e caiu. Puxou minhas pernas e foi o momento que caí também. Ele caiu sobre minha virilha, pegou e me mordeu”, disse, antes de emendar:
”Enquanto isso veio um amigo dele e começou a efetuar chutes na minha cabeça. Nesse momento os seguranças do shopping intervieram, o tiraram de cima de mim. A própria moça da loja o tirou de cima de mim também. Em nenhum momento eu o agredi”, complementou.
Confira outros trechos da coletiva:
Ameaça de morte
”As palavras exatas que falei foi “Marcos Braz, sai do Flamengo”. Falei exatamente isso, virei as costas e andei. Em nenhum momento fiz ameaças a ele ou à filha dele. Em nenhum momento. Sobre a mordida, eu sei que foi ele porque ele estava com a cabeça sobre a minha perna. Eu o vi mordendo. O amigo dele me chutou ainda. Se não fossem os seguranças, talvez fosse pior”
Sobre ter machucado o nariz de Marcos Braz
”Em nenhum momento o agredi, até porque não tinha como. O amigo dele estava me chutando”
Falou ‘f…-se sua filha’ para o dirigente?
”Como eu disse, não falei isso. Só falei: “Marcos Braz, sai do Flamengo”. Essas foram as minhas únicas palavras. Em nenhum momento o xinguei”
Confusão premeditada
”Eu trabalho ali e rodo por ali. Passei por ali e o vi. Insatisfeito com o momento do clube, eu falei aquelas palavras que eu já disse”
Sobre ser de torcida organizada
”Não, não sou de nenhuma torcida organizada”
Se arrepende de algo?
”Não me arrependo porque não fiz nada demais. O agredido fui eu. O problema é que isso está gerando muitos problemas na minha vida, não estou indo trabalhar porque não dá. Estou até com receio de sair na rua para falar a verdade”
Vítima ou agressor
”Sou vítima porque em nenhum momento o agredi verbalmente e nem fisicamente”
Sobre ter visto a filha dele
”Não, em nenhum momento”
Filha dele aparece para entrar na loja? E o que acontece depois da briga
”Em nenhum momento ela estava na loja. Depois da briga, eu botei meu chinelo e fiquei no canto parado até em choque porque a gente não espera essa atitude”
Exame de corpo delito
”Fui lá, mostrei a ferida, e a própria perita disse que constou uma mordida humana”
Recebeu chutes?
”Fiquei tonto só no momento do shopping. No caso do chute, não deu problema nenhum”
Sobre o amigo de Marcos Braz
”Estava com ele dentro da loja, vieram os dois correndo atrás de mim”
Foi ameaçado?
”Até o momento não, mas sabe como são as coisas. Não dá para sair na rua tranquilo com uma situação dessas”
Tinham outros torcedores?
”No momento que eu passei, eu estava sozinho”
Como aconteceu a mordida?
” Ele caiu sobre minha virilha, pegou e mordeu. Simplesmente mordeu minha virilha porque ele viu que não ia dar para subir em cima de mim porque os seguranças já estavam começando a tirar”
Queda de Marcos Braz
”Depois que eu disse isso (“Marcos Braz, sai do Flamengo”), virei as costas e saí andando. As lojistas gritaram que ele estava vindo atrás de mim. Quando virei, ele já estava vindo atrás de mim com os punhos cerrados. Eu virei de frente para ele e fui dando passos atrás, ele se desequilibrou e caiu. Quando ele caiu, caiu sobre a minha perna e aí foi o momento em que ele me puxou. Ele me puxou e veio para a minha filha. Aí veio o momento em que ele me mordeu”
Corpo jurídico do Flamengo entrou em contato
”Em nenhum momento do Flamengo ninguém me procurou para saber como eu estava”
Se conhece os outros dois torcedores que cobraram Marcos Braz
”Conheço porque eles trabalham ali também. São trabalhadores e mototaxistas dali também. Então todos nos conhecemos, mas no momento não sabia que eles estavam lá dentro. Depois que eles apareceram”
Sobre Braz ter dito ser a vítima
”Vou deixar as imagens falarem por si. Todo mundo vai ver quem é a vítima no caso”
Acompanhou a coletiva de Marcos Braz?
”Praticamente tudo (não é verdade). Que eu o ameacei, que eu estava transtornado e que tenho cara de psicopata. Quando ele diz que falou para eu sair, em nenhum momento ele dirigiu alguma palavra a mim. Ele só me ouviu falando para eu sair do Flamengo, não falou em nenhum momento comigo. Ele já partiu para a agressão”, finalizou o torcedor.