Naquele que prometia ser um embate eletrizante, o Flamengo venceu o Atlético-MG por 2×1 com gols de Arrascaeta e Wesley. Voltando a ocupar a segundo colocação do Campeonato Brasileiro. Próxima partida será contra o Cuiabá fora de casa.
Em um confronto recheado de expectativas e tensão. Desde o apito inicial, ficou claro que o Atlético havia surpreendido com seu posicionamento, invertendo a posição de Paulinho e Pavon, pelo Atlético. E Victor Hugo, pelo Flamengo. Este último atuando mais próximo a Allan, desempenhando um papel de segundo homem. E logo nos primeiros minutos, Allan se tornou o alvo das vaias da torcida rival, cada vez que tocava na bola.
Pressionando intensamente a saída de bola, o Atlético-MG impôs dificuldades ao Flamengo, que encontrava problemas para avançar no campo de jogo. Aos 4 minutos, uma pequena brecha surgiu para o Rubro-Negro quando o meia Gerson conseguiu driblar dois jogadores e lançou para Gabigol, sofrendo uma falta perigosa, que, no entanto, não resultou em perigo.
Na tentativa de conter as investidas do lateral Wesley, o atacante Pavon jogava pela ponta esquerda, buscando segurar as subidas do jogador do Flamengo. Aos 8 minutos, o time carioca começou a encontrar mais estabilidade em campo, diminuindo os erros nas saídas de bola, mas ainda cometendo falhas nos passes em direção ao ataque.
O ápice do primeiro tempo aconteceu aos 10 minutos, quando Gabriel Barbosa, conhecido como Gabigol, desperdiçou a melhor chance do Flamengo. Após uma bela jogada de Victor Hugo, com assistência de Gerson, Gabigol ficou cara a cara com o gol, mas acabou não finalizando.
As oportunidades também apareceram para o Atlético-MG, e aos 24 minutos, Hulk bateu uma falta perigosa que acabou acertando a trave, e Jemerson perdeu a chance de marcar de cabeça. Até então, o jogo estava truncado, com várias faltas e muita disputa física no meio de campo.
Contudo, o Flamengo encontrou brechas pelo lado esquerdo e criou duas boas oportunidades com Bruno Henrique e Gerson. A posse de bola do Rubro-Negro chegou a quase 60% aos 31 minutos, mas, infelizmente, não conseguiu capitalizar essas chances.
Aos 33 minutos, o Atlético-MG se aproveitou da perda de posse de bola de Bruno Henrique e lançou um contra-ataque letal em direção à área do Flamengo. Saravia fez um excelente passe para Paulinho, que, pela direita, abriu o placar com um belo gol, levando a torcida do Galo à loucura. Depois pôde-se ver que o origem do gol foi faltosa.
No final do primeiro tempo, o Atlético-MG continuou pressionando a saída de bola do Flamengo, forçando o time carioca a cometer erros. O técnico Sampaoli, na beira do campo, pedia para que sua equipe jogasse mais compactada, buscando manter a pressão sobre o adversário.
O desempenho de Everton Ribeiro foi abaixo do esperado, perdendo bolas fáceis e errando passes simples, o que contribuiu para a dificuldade do Flamengo em se impor no jogo.
Em meio a um confronto tenso, com jogo físico e muitas faltas, o árbitro Flávio Rodrigues esteve no centro das atenções, marcando 18 faltas no primeiro tempo, sendo 12 para o Atlético-MG e seis para o Flamengo.
Na volta para o segundo tempo, o Galo voltou com a mesma formação e o Flamengo com o zagueiro Pablo no lugar de Léo Pereira, com dores, e Arrascaeta no lugar de Éverton Ribeiro. Com o início do segundo tempo, o Flamengo mostrava uma nova postura em campo, trabalhando a bola com paciência, buscando espaços na defesa adversária.
Por sua vez, o Atlético-MG estava bem fechado na defesa, esperando a oportunidade para sair rapidamente em contra-ataques e surpreender o time carioca. Os minutos iniciais da segunda etapa transcorreram com poucas chances claras de gol para ambos os lados, mas o Atlético levava uma leve vantagem por estar conseguindo executar melhor a sua proposta de jogo.
Saída de Everton Ribeiro durante o segundo tempo, e quem assumiu a posição na esquerda foi Gerson. Essa mudança tática mostrava a disposição do Flamengo em buscar alternativas para furar a sólida defesa do Atlético-MG.
Com 17 minutos do segundo tempo, o Atlético-MG criou uma jogada perigosa, onde Zaracho realizou uma excelente jogada no meio de campo, conduzindo a bola até encontrar Pavón, que finalizou com força. Matheus Cunha, goleiro do Flamengo, mostrou todo o seu talento ao fazer uma defesa incrível e, na sequência, a bola ainda bateu na trave, evitando que o Galo ampliasse o placar.
A resposta do Flamengo veio logo em seguida, quando Victor Hugo protagonizou uma boa jogada, encontrando Bruno Henrique na cara do gol. Entretanto, Everson, o goleiro do Atlético-MG, fez uma defesa à queima-roupa, impedindo o empate do time carioca. Diante dessa oportunidade perdida, Victor Hugo acabou sendo substituído por Luiz Araújo, e Cebolinha entrou no lugar de Bruno Henrique.
A mudança tática do Flamengo foi evidente, agora com dois pontas abertos nas extremidades, a equipe buscava abrir mais o campo do Atlético-MG, explorando as laterais e tentando desestabilizar a defesa do adversário.
Aos 34 minutos do primeiro tempo, a magia aconteceu. Arrascaeta, com maestria, acertou uma cobrança de falta fortíssima, no canto do goleiro, para empatar a partida. O estádio foi à loucura com o golaço do uruguaio, e o Flamengo mostrava que estava ali para brigar pela vitória.
Em meio a um jogo acirrado, uma falta cometida por Arrascaeta rendeu-lhe um cartão amarelo, mas isso não diminuiu a intensidade de seu jogo. Pouco depois, uma substituição crucial: Thiago Maia entrou no lugar de Filipe Luís, buscando dar mais solidez ao meio-campo do Rubro-Negro.
O placar marcava 1×1, e o Flamengo buscava sua melhor forma tática para superar o Galo. Aos 38 minutos, a equipe se reorganizou com três zagueiros, Wesley mais à frente pela direita, Allan como o primeiro homem, e uma linha de três com Arrascaeta, Gerson e Cebolinha pela direita. A intenção era clara: pressionar o adversário em busca da virada.
E essa virada veio em grande estilo, graças a uma jogada brilhante do Flamengo. Aos 41 minutos, Arrascaeta deu mais uma demonstração de sua genialidade, encontrando Wesley invadindo pela direita, que com extrema categoria, tocou sutilmente por cima do goleiro adversário. Era o gol da virada, o 2×1 que colocava o Rubro-Negro à frente no marcador.
Arrascaeta estava em uma noite inspirada, e sua influência no jogo era gigantesca. Além do golaço de falta, ele ainda entregou uma assistência decisiva para o gol de Wesley. O uruguaio estava, sem dúvida alguma, sendo o nome do jogo.
Em meio a toda essa euforia, o tempo estava se esgotando, mas a emoção ainda estava longe de acabar. Aos 45 minutos, Gabigol recebeu um cartão amarelo, mostrando que o Flamengo estava disposto a lutar até o último segundo.
O Flamengo sofreu, mas mereceu a vitória. Melhorou no segundo tempo e aproveitou a postura do Atlético que se fechou, mas acabou sofrendo mais do que imaginava.