O Flamengo demonstrou sua força e foco durante a vitória sobre o Grêmio, em Porto Alegre, pela Copa do Brasil. Segundo o jornalista André Rocha, levanta novamente o debate sobre a escolha de jogos pelo elenco rubro-negro. Em contraste com a atuação decepcionante diante do América, quatro dias antes.
Entretanto, a seletividade na escolha de partidas não é uma questão tão simples como alguns podem imaginar. Essa abordagem possui sutilezas e está relacionada ao período pós-conquistas importantes. Mesmo com férias de 42 dias, o terceiro ano mais vitorioso da história do clube, ficando atrás somente de 1981 e 2019, parece não ter sido suficiente para recarregar as energias dos jogadores.
Outros clubes também passaram por situações similares. O Palmeiras teve dificuldades em 2021, após vencer os mesmos títulos no ano anterior, e o Atlético Mineiro enfrentou um ano ainda mais complicado em 2022. Manter a concentração e motivação é um desafio.
O empate com o América no Maracanã é um exemplo claro de soberba e subestimação do adversário, evidenciando a necessidade de mudanças internas. Dirigentes que muitas vezes se tornam reféns da gratidão ao elenco histórico, dificulta essas mudanças. Apesar de ser uma potência com estrutura e faturamento expressivos na América do Sul.
Por fim, o Flamengo enfrenta um dilema em seu novo cenário financeiro. Ainda carrega a mentalidade do “velho Flamengo”, mas precisa se adaptar à nova realidade de investimentos. A busca pela Copa do Brasil pode ser uma ótima conquista, mas pode levar a uma certa apatia no Campeonato Brasileiro, como ocorreu no ano anterior.