O Palmeiras e o Flamengo adotaram posturas semelhantes nos últimos dias para protestar e manifestar insatisfação com a arbitragem no futebol brasileiro. Ambos os clubes anunciaram que seus profissionais não dariam entrevistas em coletivas pós-jogo, algo que é obrigatório segundo o regulamento geral de competições da CBF.
O Flamengo adotou a mesma medida do Palmeiras nesta semana, e não realizou entrevistas coletivas com Jorge Sampaoli, dirigentes ou jogadores após a classificação contra o Athletico-PR, também em protesto contra a arbitragem. Após a eliminação da Copa do Brasil, o Palmeiras manteve Abel Ferreira e seus jogadores em silêncio, mas Anderson Barros, diretor de futebol, falou.
De acordo com os artigos 118 e 119 do Regulamento Geral de Competições da CBF, as entrevistas coletivas são obrigatórias. O artigo 119 estabelece que a coletiva de imprensa após o jogo é obrigatória e que a escolha das perguntas, a seleção dos profissionais que irão perguntar, a duração da coletiva e o acesso ao local são de responsabilidade do clube.
O regulamento prevê três punições para os clubes que infringem as regras, como no caso do Palmeiras e do Flamengo: advertência, multa pecuniária administrativa de até R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais) a ser revertida em prol de causas sociais, e vedação de registro ou transferência de atletas.
O caso também poderia ser enquadrado no artigo 191 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que prevê como penas advertência e multa de R$ 100 a R$ 100.000.
No entanto, até o momento, a confederação não pretende denunciar os clubes ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), e a Procuradoria do STJD também não trabalha para apresentar denúncia nesse caso.