70% da população acredita que apostas esportivas devem ser regulamentadas, aponta pesquisa

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Em conjunto com a Toluna, a Playtech realizou uma pesquisa para a nova edição de seu Relatório de Jogo Responsável, que avalia todo o mercado atual de apostas online na América Latina. Com isso, a companhia revelou recentemente os resultados do seu estudo e apontou que o público tupiniquim vê com bons olhos a regulamentação das apostas esportivas como uma forma de aumentar a segurança dos usuários que utilizam esse tipo de serviço.

O estudo foi realizado no ambiente digital e cerca de 2.500 indivíduos da Argentina, Brasil, Chile, Peru e Colômbia foram entrevistados. Os questionamentos apresentados aos entrevistados tinham como objetivo avaliar o comportamento dos palpiteiros e entender o comportamento e percepção desse público sobre o estado atual da indústria das apostas esportivas e as leis que regulamentam esse setor.

Com isso, ao verificar os resultados, é perceptível que os entrevistados brasileiros acreditam que regulamentar as apostas esportivas no país se faz necessário para elevar a segurança dos apostadores que utilizam as plataformas online. Segundo 76% dos entrevistados, a indústria dos pitacos ainda precisa aprimorar a divulgação de informações sobre o Jogo Responsável, enquanto 71% dos participantes afirmaram que o Estado precisa desenvolver regras claras para gerir o mercado de apostas, o que só será possível com a aprovação de uma regulamentação para este nicho.

“Quando falamos, por exemplo, em identificação de comportamentos de risco dentro dos sites de apostas, mais de 70% dos entrevistados são a favor de receberem mensagens de alerta e proteção enquanto jogam”, diz um trecho da pesquisa da Playtech.

No Brasil e em vários outros lugares da América Latina, o mercado de palpites ainda não foi totalmente regulamentado, com isso, os apostadores podem ficar a mercê de empresas que não são idôneas. Todavia, existem plataformas que analisam as diversas operadoras atuantes no país, como é o caso do apostasesportivas24.com, que além disso, lista quais delas são seguras e confiáveis, e também fornece dicas de apostas da Copa do Brasil. Com isso, os usuários que quiserem realizar seus pitacos nas competições mais populares entre os torcedores, não só podem tirar proveito de bônus e promoções imperdíveis que são ofertados, como podem implementar diferentes estratégias para melhorar suas chances de acerto.

Regulamentação próxima

Em fevereiro do ano passado, o Brasil deu um passo na direção da regulamentação de diversas modalidades de jogatina, incluindo as apostas esportivas, quando foi aprovado na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 442/91, que prevê a criação de um Marco Regulatório dos Jogos de Azar.

Contudo, mesmo recebendo a aprovação dos deputados federais, a matéria que logo depois seguiu para o Senado acabou sendo deixada de lado, sendo “ignorada” pelos senadores, já que em um ano eleitoral nenhum político queria se comprometer com um assunto delicado como este.

Ainda assim, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, em mais de uma ocasião apontou que tinha intenções de pautar a matéria em algum momento do segundo semestre de 2022, o que não ocorreu. Além disso, na época, o então presidente Jair Bolsonaro, afirmava que vetaria o texto caso este recebesse aprovação no Senado. Tal atitude seria uma medida para Bolsonaro agradar à bancada evangélica, que eram seus aliados na campanha de reeleição e são um dos principais grupos opositores da regulamentação dos jogos de azar no Brasil.

Atualmente, a expectativa é de que ao menos as apostas esportivas online sejam regulamentadas em breve através de uma Medida Provisória, que segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já está pronta e será apresentada após o presidente Lula retornar de uma viagem que fará para a China.

“A regulamentação das apostas é absolutamente essencial para o crescimento e amadurecimento desse mercado. Um ecossistema de apostas bem regulamentado também representa, para o governo, uma receita vinda de taxas e impostos. De forma sucinta, a regulamentação beneficia todos os atores dessa equação”, esclarece a diretora de assuntos regulatórios da Playtech, Charmaine Hogan.